O worm Blaster identificado na segunda-feira e que rapidamente se espalhou a vários continentes, afectando quer utilizadores domésticos quer empresas, começou ontem a abrandar de intensidade, mas segundo alguns especialistas pode voltar à carga no próximo sábado, data em que se completa um mês após a Microsoft ter lançado os códigos de segurança para as vulnerabilidades agora atacadas.



Especialistas consultados pela Bloomberg apontam para um total de 250 mil máquinas contaminadas, entre segunda e quarta-feira, um número que a Symantec - consultora de segurança - considera pouco alarmante comparativamente à rapidez de propagação de outros worms.



Até à data, a consultora de segurança já identificou duas variantes do Blaster, sempre com uma rapidez de propagação mais lenta que outros worms semelhantes como o Code Red, em 2001 ou o Slammer em Janeiro último.



O Slammer - considerado pelos especialistas idêntico ao Blaster - infectou entre 200 mil a 250 mil máquinas em cerca de 48 horas, levando apenas perto de 10 minutos para chegar a 90 por cento dos computadores vulneráveis.



Ontem o worm teve ainda alguns picos, entrando nos sistemas da Reserva Federal de Atlanta e em várias empresas nos Estados Unidos, onde ocorreram 48 por cento dos ataques registados. Reino Unido, Canadá, Austrália e Irlanda, sucedem os Estados Unidos na lista dos países mais afectados pelo worm Blaster, avança a Symantec.



Os registos de variantes do Blaster foram identificados e sentidos sobretudo em países asiáticos como o Japão e a Coreia. As autoridades de Hong Kong, Coreia do Sul e Austrália acreditam por isso, que o worm pode estar a ser aperfeiçoado para voltar a atacar no fim-de-semana numa versão mais forte. Estes especialistas acreditam mesmo que Sábado será o dia escolhido pelos hackers para novo ataque, precisamente um mês depois da Microsoft ter assumido a falha de segurança.



Entretanto o Washingtonpost.com avança que o FBI já está a investigar a origem do ataque, embora para já não existam mais pormenores sobre a sua origem supondo-se apenas que possa estar programado para voltar a fazer estragos numa data determinada.



Segundo estimativas da consultora RedSiren o Blaster provou prejuízos na ordem dos 329 milhões de dólares em todo o mundo.

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