A hipótese está a ser considerada pela fundação que lidera o desenvolvimento do Raspberry Pi, que vê na fixação de uma unidade de produção do Brasil uma forma de fazer chegar o produto ao país a custos mais atrativos, uma otimização importante tendo em conta o potencial do mercado brasileiro e de toda a região envolvente.



"As taxas de importação do Brasil são quase proibitivas", referiu Eben Upton, diretor-executivo da fundação em entrevista à BBC Brasil, onde também assume que o país é um mercado prioritário para a fundação.



O número de computadores da marca britânica vendidos no Brasil não foi revelado, mas Upton adiantou que está na casa dos milhares e aquém do possível e esperado num país com o poder de compra do Brasil e o interesse por tecnologia.



Garantindo uma unidade local de produção "poderemos também facilitar a distribuição para toda a América Latina", acrescenta o mesmo responsável, garantindo, no entanto, que ainda não existem acordos negociados com possíveis parceiros para estender a produção do equipamento à região.



No início do ano a própria fundação Raspberry Pi estimava ter já vendido um milhão de unidades do PC, fazendo as contas ao número de unidades distribuídas. O número renderia qualquer coisa como 35 milhões de dólares à fundação, que criou o Pi a pensar no mercado da educação e num contributo para desenvolver o gosto dos jovens por programação. Tem o tamanho de um cartão de crédito, é baseado em software de código aberto e não integra ecrã, teclado ou monitor.

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