As organizações que implementam tecnologias suportadas na nuvem não estão a ter o retorno esperado, revela um estudo recente. Os resultados ficam aquém das expetativas em áreas como a recuperação de desastres, eficiência, redução de despesas operacionais e melhoria da segurança.

De acordo com a análise, 88% das empresas inquiridas esperavam que a aposta no modelo em cloud melhorasse o desempenho das suas estruturas de TI, mas apenas 47% afirma ter concretizado o objetivo.

Os resultados são apresentados no estudo State of Cloud 2011, da Symantec, cujas conclusões se baseiam em inquéritos a 5.300 organizações, em 38 países.

Os dados mostram que embora 75% a 81% dos inquiridos estejam "pelo menos em fase de análise das várias formas de cloud", menos de 20% migraram as suas infraestruturas para um modelo deste género. Dois terços estão ainda em fase de discussão da ideia, de testes ou nem sequer consideram a hipótese.

Entre as razões apontadas para a resistência estão preocupações com a segurança e falta de preparação dos funcionários. Cerca de metade dos inquiridos afirmou que o seu pessoal não estava preparado para uma transição para a cloud e apenas entre 15% a 18% classifica os seus colaboradores como "muito bem preparados".

A falta de preparação fica a dever-se, em parte à falta de experiência. Apenas 25% das equipas possuem algum tipo de experiência no modelo, um fator que leva as empresas a recorrerem maioritariamente aos serviços de terceiros para este fim, detalha o relatório.

Apesar das dificuldades referidas, a cloud é maioritariamente apontada tanto como preocupação como enquanto objetivo estratégico.

Certo é o interesse generalizado nos serviços na nuvem: 73% das empresas adotaram, ou estão em fase de adoção, de pelo menos um tipo de serviço suportado na nuvem. Serviços de correio eletrónico (como gestão ou segurança), gestão de segurança e segurança IM e Web são os mais usados.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico