A VMK, empresa do Congo, lançou o primeiro smartphone e tablet com desgin e engenharia desenvolvidos em África. Verone Mankou é o empreendedor e justifica a aposta com o facto de "apenas os africanos saberem o que África precisa".

O empresário congolês quer fazer da VMK em África o mesmo que a Samsung representa para a Ásia e a Apple para a América. A fase inicial do projeto não foi fácil, devido à origem africana da marca e do produto, e porque a produção é feita na China, combinação que já valeu a Verone Mankou algumas críticas.

O facto de no território congolês não existirem fábricas com capacidades técnicas e financeiras para produzir o tablet que a VMK projetou, obrigou a empresa a procurar soluções no estrangeiro e no país onde outras marcas, como a Apple, Samsung ou até a espanhola bq, recorrem - a China.

O tablet Way-C, nome que numa língua local quer dizer "a luz das estrelas", e o smartphone Elikia, sinónimo de "esperança" vão chegar a 10 países que fazem parte da "África do Oeste" e onde estão incluídos Cabo Verde e Guiné-Bissau. Existem também planos para que chegue a França, Bélgica e Índia.

O telemóvel tem um ecrã de 3,5 polegadas com uma resolução de 480x320 pixéis em formato 16:9, um processador de 660 Mhz, uma memória RAM de 512 MB e um armazenamento interno de 126 MB, que podem ser expandidos por mais 32GB através de uma entrada para cartões microSD. O smartphone suporta ainda ligações 3G e Wi-Fi.

O tablet tem um ecrã de sete polegadas com uma resolução de 800x480 pixéis, um processador de 1,2 Ghz, uma memória RAM de 512 MB e 4 GB de armazenamento interno, com a mesma opção de 32GB adicionais.

Os dois equipamentos trazem o sistema operativo Android de origem na versão Gingerbread e vão ter um preço de 170 dólares, para o smartphone Elikia, e 300 dólares para o tablet Way-C.

Segundo a BBC, Verone Mankou já tem planos para as próximas apostas da empresa e espera durante 2013 conseguir lançar no mercado africano um tablet mais barato que tem como público-alvo os estudantes.


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