(Atualizada) Numa ação de combate à criminalidade informática que levou o nome de "Operação Relax", a Polícia Judiciária anuncia, a partir do seu site, ter desmantelado uma rede fraudulenta que operava no mercado farmacêutico.



Segundo a informação veiculada pela RTP, esta rede era controlada por uma farmacêutica de renome, que fornecia medicamentos ao Serviço Nacional de Saúde, e que controlava de forma ilegal, através de um programa informático, todos os movimentos comerciais de 250 farmácias de todo o país.



Com a informação que obtinha ilegalmente viciava todos os concursos em que participava, alguns deles na casa dos milhões de euros, por ter dados em seu poder que nenhuma das suas concorrentes detinha. Tais dados deviam ser de acesso exclusivo da Associação Nacional de Farmácias.



Soube-se posteriormente, com os dados complementares divulgados pela Polícia Judiciária em conferência de imprensa, que se tratava da multinacional IMS Health, uma consultora que trabalha com o Ministério da Saúde.



De acordo com a Polícia Judiciária, a investigação tinha sido iniciada há seis meses atrás, após uma queixa da Associação Nacional de Farmácias, e apontava para a prática de diversos crimes, nomeadamente, "burla informática, sabotagem informática, dano relativo a programas ou outros dados informáticos, acesso Ilegítimo, acesso indevido e tratamento transfronteiriço de dados pessoais".



Com a ação desta terça-feira, que compreendeu buscas a mais duas empresas, terá sido possível apreender "dados informáticos relevantes para a investigação", que agora "irão ser analisados ao detalhe, por forma a circunscrever os factos praticados e a determinar responsabilidades criminais concretas".

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Patrícia Calé



Nota de redação: A notícia foi atualizada com os dados fornecidos pela PJ em conferência de imprensa.