Esta nova Microsoft é fogo. Desde que está sob a batuta de Satya Nadella, que a tecnológica norte-americana tem apresentado uma atitude mais jovem, mais guerreira, mais assertiva e mais inovadora.

Uma versão do Windows 10 específica para a Internet das Coisas e para o Raspberry Pi? Uma Microsoft que sobe ao palco de um evento da Apple de forma orgulhosa? Uns óculos de realidade aumentada que prometem cada vez mais e mais? E agora um computador portátil que desafia diretamente o Macbook Pro?

São vários e bons os exemplos do que esta nova Microsoft é capaz. Dizer que a saída de Steve Ballmer contribuiu não é totalmente verdade, pois alguns destes projetos possivelmente terão começado, nem que seja em rascunho, ainda no tempo do antigo CEO.

Mas isto para dizer que o evento de hoje, maioritariamente dedicado à marca Surface, foi um belo exemplo da energia renovada que a Microsoft tem expressado. E para o caso de não ter acompanhado a transmissão em direto ou o acompanhamento ao minuto do TeK, fica aqui um resumo das principais novidades.

O destaque vai, claramente, para o Surface Book. É o primeiro portátil da Microsoft, destaca-se pelo aspeto, tem boas especificações técnicas e foi uma verdadeira surpresa. Nenhum rumor indicava neste sentido e o dispositivo 2-em-1 acabou por ser a estrela da tarde.

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Não menos importante é o novo Surface Pro 4. O tablet aparece com especificações renovadas e mais poderoso, tem uma nova caneta que apresenta maior precisão e há também uma nova capa-teclado. Se o Surface Book é um recado para os portáteis da Apple, o Surface Pro 4 quer afirmar-se como o tablet da produtividade à luz da recente apresentação do iPad Pro.

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E se para a Microsoft os dispositivos mencionados foram criados a pensar no Windows 10, o mesmo foi dito relativamente aos novos Lumia 950 e Lumia 950 XL. São smartphones topo de gama que pretendem mostrar o que o ‘unificado’ Windows 10 pode fazer em dispositivos de ecrãs menores.

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E se a primeira geração da pulseira inteligente Microsoft Band pode não ter sido a mais entusiasmante, a segunda promete chamar mais a atenção. O design foi renovado e as funcionalidades foram reforçadas. A cada vez mais omnipresente Cortana também vai estar agora no pulso dos utilizadores, acompanhada de sensor GPS e sensores que monitorizam a ‘’saúde’ dos utilizadores.

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Se pensa que as grandes novidades já foram referidas, desengane-se. Um dos momentos altos do evento de hoje, 6 de outubro, foi a demonstração do Project XRay, um jogo de realidade aumentada que usa os óculos Microsoft Hololens. Ficou-se também a saber a data de chegada e o preço das primeiras unidades deste dispositivo.

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Por fim, outra novidade: o Windows 10 já é usado em 110 milhões de dispositivos.

Além de desafiar diretamente a Apple em alguns dos dispositivos - e foi a própria Microsoft quem se comparou à marca da maçã -, a empresa responsável pelo Windows expira agora elementos de inovação no segmento do hardware, uma posição que tem tem vindo a ser ocupada parcialmente pela Apple nos últimos anos.

E no fim, ganham os do costume: os consumidores.

 

Nota da Redação: Entretanto, pelo que o TeK apurou, as notícias para os consumidores portugueses não são as melhores: A Microsoft Band vai continuar longe das lojas nacionais, assim como o Surface Book, que "não estarão disponíveis no curto prazo" em Portugal.