O Departamento de Justiça norte-americano terá comunicado quinta-feira a um juiz federal que a Microsoft não tem estado a colaborar completamente com as imposições que lhe foram sentenciadas na sequência do caso anti-monopólio, noticiou hoje a agência Reuters.



Segundo a mesma fonte, advogados do referido departamento terão afirmado que "continuam preocupados" com os preços que a Microsoft planeia cobrar às suas concorrentes para que estas tenham acesso a informações classificadas sobre o funcionamento do programa Windows, uma exigência estipulada pela decisão anti-monopólio do tribunal. Ao que parece a entidade não está satisfeita com a tabela de preços que o gigante do software quer aplicar aos códigos informáticos necessários que permitem o funcionamento perfeito do sistema operativo.



Uma vez que esta informação é crucial para a definição dos termos de licenciamento de empresas concorrentes directas da Microsoft, como a Sun Microsystems, a juíza distrital Colleen Kollar-Kotelly terá fornecido essa informação ao juiz encarregue do caso de forma a mantê-lo a par dos novos desenvolvimentos deste processo.



Este anúncio vem na sequência de cedências anteriores da Microsoft que pressionada pelo Departamento de Justiça se comprometeu no passado mês de Abril a disponibilizar a referida informação e licenciar os códigos e protocolos aos seus rivais de forma "razoáveis e não discriminatórios”.



No próprio dia do anúncio do comunicado de Colleen Kollar-Kotelly, o porta voz da Microsoft Jim Desler, veio a público declarar que a empresa está a cumprir o acordado e que "está aberta a considerar feed-back adicional do governo e na indústria", segundo declarações difundidas pela Reuters.



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