Apesar das máscaras tecnológicas não serem uma novidade, como as soluções com purificador oferecidas pela Razer Zephyr ou a LG que usa ventoinhas ativas, a Dyson revelou uma nova máscara que além de purificar o ar, também dá música aos utilizadores. O Dyson Zone é um verdadeiro 2-1, conjugando a possibilidade de filtragem da poluição urbana, como os gases, alergénios e partículas em suspensão, mas funciona como headset para poder ouvir música em alta-fidelidade e cancelamento avançado de ruído.
O equipamento é a primeira proposta da marca para wearables e resulta numa década de investigação sobre a qualidade do ar e seis anos de desenvolvimento da máscara. A Dyson pretende assim “combater” dois tipos de poluição urbana: a sonora e do ar. Basicamente a máscara permite envolver os utilizadores num som de qualidade, ao mesmo tempo que ajudam no fluxo de ar purificado na boca e nariz.
Nas palavras do fundador da empresa e diretor de I&D, Jake Dyson, “a poluição do ar é um problema global, afeta-nos em todos os locais onde vamos, nas nossas casas, escola, trabalho e quando viajamos, seja a pé, bicicleta, transportes públicos ou privado”. Destaca que a Dyson Zone purifica o ar que respira durante as deslocações, salientando que ao contrário de outras máscaras oferece uma lufada de ar fresco sem tocar no rosto. Para tal utiliza filtros de alto desempenho e duas bombas de ar em miniatura.
Veja na galeria imagens do Dyson Zone:
A Dyson diz que nos seis anos de desenvolvimento da máscara foram criados 500 protótipos, baseados na sua experiência de 30 anos em fluxo de ar, filtragem, tecnologias de motores e a sua compreensão da qualidade do ar, tanto nível interior como exterior. Cada concha da máscara tem uma ventoinha que atrai o ar através dos filtros de dupla camada, projetando depois dois fluxos purificados para o nariz e boca do utilizador. A empresa diz que as suas reentrâncias foram esculpidas na viseira, garantindo a circulação do ar purificado perto do nariz e boca, sem que toque no rosto do utilizador.
A questão de a máscara não ter contacto com a face do utilizador foi um dos objetivos primários da empresa na produção deste produto. Chegaram a ser concebidos modelos com mochilas para alojar o motor e mecanismos internos, assim como uma boquilha semelhante ao usado em snorkel ou a colocação na cabeça, até ao design atual. Assim, o design atual passava pelas formas geométricas da sua viseira conjugado com a malha central que projeta os dois jatos de fluxo de ar, garantindo que seja canalizado e absorvido pela boca e nariz.
Durante os seus testes, a Dyson concebeu um manequim com capacidade de respirar através de pulmões mecânicos, usando equipamentos de deteção para aferir a poluição inalada, replicando assim a respiração humana numa câmara controlada. Foram medidos desta forma os níveis de filtragem do ar, que de outra forma seriam absorvidas pelo pulmão do manequim.
Por outro lado, o Dyson Zone oferece um sistema de áudio que procura ser envolvente, reduzindo os ruídos urbanos indesejados através de tecnologia ANC (Active Noise Cancelling) criada pela equipa de engenheiros da fabricante. Promete som com baixa distorção, assim como uma resposta de frequência neutra de forma a replicara o áudio da forma como o criador concebeu.
Para reduzir o ruído, o headset conta com um conjunto de microfones. As conchas almofadas prometem ser amplas e angulares, moldando-se aos ouvidos dos utilizadores para maior conforto. O design do headset foi concebido para se adaptarem às diversas formas de cabeças dos utilizadores. Concluiu que o melhor sistema é a inspiração na sela de um cavalo, de forma a distribuir o peso pelos lados da cabeça e não apenas no topo, num sistema de bandolete.
Para já, a Dyson não revelou a data de lançamento da máscara, assim como o seu preço, esperando-se mais informações nos próximos meses.
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