A partir das 11 horas da manhã de hoje, dezasseis escolas do ensino básico, de Norte a Sul do país, recebem os primeiros exemplares do portátil Magalhães. No total, serão entregues três mil unidades do computador fabricado em Portugal, tarefa que contará com a ajuda de alguns membros do governo, entre os quais o primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, e a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.

O objectivo de colocar Portugal entre os principais países da União Europeia, no que se refere à educação, alarga a meta de distribuição dos portáteis para os alunos do ensino básico. Para isso, o Governo quer colocar nas mãos dos alunos do ensino básico 500 mil Magalhães, uma meta ambiciosa mas que tem em vista chegar a 2010 com "um computador por cada dois alunos", disse Mário Lino à TSF.

Os computadores vão ser entregues de forma gradual até ao final do ano, acabando por chegar a todas as escolas do país, altura em que se cumprirá a meta do programa e-escolinha e um objectivo do Executivo anunciado há dois meses. Preocupante é o facto de ainda existirem escolas do ensino básico cujos concelhos executivos desconhecem quais os processos para adquirir o portátil, conforme apurou o jornal Público.

Em declarações à Lusa, a ministra da Educação salientou que esta iniciativa do Estado, que só não abrange os alunos do 5º e 6º ano, é totalmente financiada por entidades privadas, nomeadamente os operadores de telecomunicações "através de um fundo que está previsto desde que foram autorizadas as licenças para os telemóveis de terceira geração".

Neste contexto, todos os alunos que beneficiem do primeiro escalão da Acção Social Escolar recebem o computador de forma gratuita, enquanto que os restantes estudantes terão acesso ao equipamento por um custo que varia entre os 20 e os 50 euros, dependendo dos escalões a que os alunos pertencem.

Os educadores que estiverem interessados em adquirir uma das máquinas, deverão preencher os impressos que serão colocados à disposição dos responsáveis ainda esta semana, assegurou Maria de Lurdes Rodrigues.