"A ESOP manifesta o seu agrado em relação às declarações até agora conhecidas no âmbito do trabalho do grupo de Projeto para as TIC e regista o facto do governo de Portugal manifestar esta determinação em promover a adoção de software open source na Administração Pública".



Começa assim uma nota à imprensa da Associação de Empresas de Software Open Source de Portugal, que não perdeu tempo a manifestar o seu apoio às declarações do ministro Miguel Relvas, reveladoras da intenção do governo em reduzir para cerca de metade os gastos com Tecnologias da Informação na administração central do Estado. Para atingir este objetivo um dos planos do governo é incentivar uma posição de maior abertura na AP, no que se refere à adoção de software de código aberto.



A associação afirma estar totalmente de acordo em relação à necessidade de reduzir custos nesta área e concorda que "a adoção de software open source - desde que bem planeada e bem implementada - pode ser um contributo muitíssimo importante".



A ESOP dá também nota da disponibilidade para apoiar a implementação do plano estratégico que, reconhece, será um desafio ao nível da engenharia.




É também feita uma nota ao facto de Portugal estar a traçar um caminho que outros países europeus já fizeram, no que se refere à adoção do software de código aberto, embora frisando que na maior parte dos casos a opção pelo open source não surgiu por motivações económicas.



"Paradoxalmente os países mais avançados na implementação de tecnologias open source, são precisamente os que não padecem das dificuldades financeiras com que Portugal se depara", regista-se.




A associação aproveita ainda para sublinhar que neste processo de mudança na Administração Pública é igualmente importante avançar com a implementação de Normas Abertas, uma medida legislativa já aprovada na Assembleia da República, mas que ainda aguarda "regulamentação por parte da AMA e regulamentação concreta sobre interoperabilidade em geral", denuncia a ESOP.




Nota de redação: Corrigida uma gralha. Onde se lia Portuga deve ler-se Portugal.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira