O fabricante norte-americano de PDAs, Palm, anuncia esta semana as novas versões dos seus equipamentos com ecrãs a cor, um lançamento que surge numa altura em que este fabricante tenta adquirir uma maior quota de mercado no lucrativo sector empresarial.



Perante a estratégia assumida pela Palm os analistas de Wall Street acreditam que os novos modelos, embora melhores que os anteriores, continuarão a ser insuficientes para chamar a atenção do mercado retalhista. Todavia, a empresa baixou o preço dos seus equipamentos anteriores e lançou o m130 – com monitor a cores, possibilidade de adicionar memória e uma slot de expansão – a 279 dólares (323,12 euros) e o m515 – que vem substituir o modelo m505 – a 399 dólares (462,13 euros). O m515 aumenta ainda a capacidade de memória disponível de 8 megabytes para 16 megabytes.



Segundo informações divulgadas pela agência de notícias Reuters o aparelho m130 será o menos dispendioso na gama dos equipamentos a cores no mercado Palm OS mas o mais barato em relação aos dispositivos de outros concorrentes.



Mas, apesar dos fabricantes que já tiveram algum sucesso neste mercado – como a Sony, Compaq e a própria Palm – garantirem que os monitores a cores são mais atractivos para os utilizadores multimédia que desejem ver imagens, jogar ou navegar na Net, os consumidores ainda olham para estes dispositivos como demasiado caros, para além das queixas relacionadas com o tempo de duração das baterias e com a má visibilidade nos ecrãs.



Enquanto que no ano passado a Palm apresentou apenas um modelo no último semestre, por esta altura o fabricante lançou já três dispositivos – i705 lançado em Fevereiro último por 450 dólares (521,22 euros ou 105 mil escudos) para o mercado empresarial e que recebeu criticas menos positivas e agora o m130 e m515. Tudo no sentido de recuperar dos resultados financeiros consequência da forte concorrência do mercado onde se enquadram, e onde contam, por exemplo, com a competição dos fabricantes de telemóveis como a Nokia que continuam a desenvolver telemóveis com características de PDAs e a vender milhões de unidades.



A Palm visa assim entrar no sector empresarial, uma estratégia assumida num ano que será, segundo os analistas, determinante para os fabricantes de dispositivos móveis que tentam a todo o custo desenvolver equipamentos sem fios para responder à necessidade de mobilidade do mercado corporativo cada vez mais exigente.



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