Em novembro de 2011, a Estremadura espanhola anunciou que iria passar a adotar plataformas tecnológicas apenas em função do seu custo. O governo local sugeria assim que a aposta da região no software livre perderia o "exclusivo" preferencial dos últimos anos, mas não é isso que vai acontecer, pelo menos nos próximos tempos.

A julgar pela notícia publicada num site da Comissão Europeia, não só a Estremadura espanhola pretende continuar a apostar na adoção de novas tecnologias baseadas em programas de código aberto, como está a avaliar um plano para a implementação da distribuição de Linux Debian nos 40.000 computadores dos seus organismos.

Citando Teodomiro Cayetano López, CIO, o artigo indica que o projeto está realmente avançado e que deverá começar a ser posto em prática na próxima primavera, devendo ser completado até ao final do ano.

A região destacou-se mundialmente como um dos porta-estandartes da aposta no software livre quando em 2002 desenvolveu a sua própria versão do Debian, uma distribuição do sistema operativo GNU/Linux, a que chamou LinEx, na qual assentava toda a Rede Tecnológica Educativa.

Depois de ter decidido, em novembro, que iria passar a adotar soluções apenas em função do seu custo, o governo da Estremadura acabou por anunciar no final do ano que iria abandonar o projeto LiNEx, o que deixou a comunidade open source apreensiva quanto a um provável desinvestimento no software de código aberto, em detrimento das soluções proprietárias, uma preocupação que cai por terra com a informação agora veiculada.

O projeto é o segundo mais importante da Europa, no que diz respeito à migração de PCs para software livre, logo a seguir ao da Gendarmerie francesa (90.000 postos de trabalho).

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Patrícia Calé