Regulação, segurança e transparência são matérias cruciais quando se pretende reflectir sobre novos modos de governação para o contexto digital. A chamada de atenção surge no mais recente estudo da APDSI,"Modelos de Governação na Sociedade da Informação e do Conhecimento", apresentado esta terça-feira em Lisboa.

Coordenado por Luís Borges Gouveia, professor associado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Fernando Pessoa, este documento inclui um conjunto de recomendações, divididas por três níveis: "as óbvias, mas críticas, as essenciais, mas difíceis e as de vector de convergência".

Luís Borges Gouveia refere que o objectivo principal foi criar um documento que pudesse ser lido de forma rápida e do qual pudessem ser extraídas muitas mensagens Twitter.

O relatório apresenta uma visão partilhada que pretende ser diferente, contribuindo para a discussão das opções que valerá a pena fazer na Sociedade da Informação e do Conhecimento em Portugal, explica.

O coordenador deste trabalho acrescenta que o texto é em si, diverso do de outros estudos da APDSI, agregando vários testemunhos assinados que contribuem, em conjunto, "para uma unidade maior que é múltipla, diversificada e, acredita-se, de qualidade".

Entre as várias recomendações feitas destaque para o grupo das "essenciais, mas difíceis onde", que sugere especial atenção a matérias como a regulação, segurança e transparência.

No entender do grupo de trabalho da APDSI, num modelo de governação para a Sociedade da Informação a regulação é essencial nas questões de comando e controle e na capacidade de intervenção e conciliação de interesses. Já relativamente à segurança deve ser implementada uma cultura em que a matéria surja como um requisito primário.

A transparência será conseguida pela simplificação de processos, diminuição radical de tempos de realização e resposta e aumento significativo de reporte de actividade, defende o grupo de trabalho.

O estudo integral está disponível para consulta a partir do site da APDSI.