Lar, amargo lar. Caso os fabricantes de dispositivos conectados não apostem mais na segurança, esta será a frase que vai substituir a deixa típica dos filmes de quando alguém chega a casa. Um estudo da Hewlett-Packard sobre a Internet das Coisas concluiu que uma boa parte dos equipamentos que tornam uma casa mais inteligente tem baixos níveis de segurança.



A HP analisou dez equipamentos distintos, mas que em conjunto fazem parte da casa do futuro, isto é, equipamentos que contribuem para um lar mais conectado, mais autónomo e que pode ser controlado a partir de qualquer ponto do planeta.



Sem revelar as marcas que testou, a tecnológica analisou uma Smart TV, uma webcam, um termoestato, uma ficha elétrica, um automatizador de rega, uma fechadura, um sistema de alarme, uma balança de casa de banho, um sistema de abertura da porta de garagem e um centro multimédia que permite controlar vários equipamentos.



Conclusão? A casa do futuro e a Internet das Coisas são muito inseguras. Por exemplo, oito dos dez equipamentos analisados, seja através das plataformas de gestão seja através da aplicação móvel, não obrigam o utilizador a escolher uma palavra-passe suficientemente forte.



Outros números mostram que 70% dos equipamentos permitem que os cibercrimonosos possam aceder às credenciais dos utilizadores e que o mesmo número de equipamentos não usa serviços encriptados de comunicação.



Numa outra conclusão ficou a saber-se que seis dos dez equipamentos analisados têm um interface de utilizador na Web que é vulnerável a ataques XSS.



Posto isto, as recomendações da HP recaem sobretudo sobre a temática da segurança, dizendo que este é um reforço que deve ser feito obrigatoriamente pelos fabricantes de dispositivos conectados. Antes de criarem um produto, os engenheiros devem também assegurar que os mesmos são compatíveis com as principais normas de segurança e que a atualização do software que acompanha os equipamentos fica assegurada durante o ciclo de vida do produto.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico