A empresa de segurança Coverity analisou o kernel do Android e defende que o código base do sistema operativo de código aberto promovido pela Google apresenta 359 falhas capazes de comprometer a segurança do software.

De acordo com os resultados veiculados, foram detectadas 88 falhas de alto risco e 271 de risco médio, através de uma análise em que foi usado o smartphone HTC Incredible.

Apesar do Android usar o kernel do Linux, as suas especificidades conferem-lhe mais vulnerabilidades que versões do sistema operativo para computadores, afirmam os responsáveis, que desde 2006 vêm analisando o código de projectos open source.

Os números ficam, ainda assim abaixo da média de vulnerabilidades registadas na indústria, que é de uma falha por cada mil linhas de código, realçam os especialistas. No caso do kernel do Android a relação encontrada foi de 0,47 defeitos por cada mil linhas.

O problema situa-se ao nível dos ficheiros específicos do sistema operativo móvel, onde a empresa detectou a maior densidade de falhas (0,78 por mil linhas) do sistema. É também aí que são encontradas a maior parte das vulnerabilidades de alto risco, acrescenta o relatório.

A adopção do Android continua a crescer a um ritmo que ultrapassa as estimativas dos especialistas, relatam vários estudos de mercado recentes. Uma análise divulgada esta semana pelo NPD Group mostrava que, entre Julho e Setembro, 44 por cento dos clientes de smartphones optaram por dispositivos com o SO promovido pela Google, enquanto iOS e Blackberry se ficavam por quotas de 23 e 22 por cento, respectivamente.