A rede social anunciou uma nova pesquisa que visa verificar se a inteligência artificial (IA) pode ser usada para reconstruir imagens de ressonância magnética (RM) de maneiras novas e mais rápidas. Neste caso, até 10 vezes mais rápidas.

Para ajudar a treinar os algoritmos do projeto “fastMRI”, a Universidade de Nova Iorque (NYU) vai ceder três milhões de imagens de ressonância magnética, de joelhos, cérebro e fígado de 10 mil casos clínicos, devidamente anonimizados.

Um especialista em imagem da NYU explicou que, embora as ressonâncias magnéticas sejam uma das melhores maneiras de ver o que se passa no corpo do paciente, exigem que este fique imóvel num tempo que pode ir até uma hora enquanto o scanner recolhe os dados. Se este projeto for bem sucedido, pode transformar uma avaliação de 50 minutos em uma avaliação de cinco minutos.

No seu blog, o Facebook esclareceu que ao usar IA em todo este processo é possível recolher “menos dados e, portanto, digitalizar as imagens mais rapidamente, preservando ou mesmo melhorando o vasto conteúdo de informações das ressonâncias magnéticas”.

A rede social explica que “a chave passa por treinar redes neurais artificiais para reconhecer a estrutura subjacente das imagens, de forma a preencher as imagens que não são reveladas nos exames.

"Essa abordagem é semelhante à forma como os seres humanos processam informações sensoriais. Quando experimentamos o mundo, os nossos cérebros geralmente recebem uma imagem incompleta que precisamos transformar em informações", concluiu.

Atendendo a preocupações que possam surgir em relação à privacidade dos dados dos pacientes envolvidos no projeto, os parceiros garantiram que todos os nomes foram removidos, bem como "todas as outras informações de saúde”.