Falta de qualidade nos sistemas de informação penaliza proveitos das empresas

28 out 2003 15:50

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A Compuware promoveu hoje uma conferência sobre os impactos da não qualidade dos sistemas de informação no desempenho operacional das empresas. No mesmo evento a empresa apresentou o CARS, uma solução que pretende resolver este tipo de questões.

A impacto da não qualidade dos sistemas de informação nos proveitos das empresas foi tema de uma conferência promovida hoje em Lisboa pela Compuware. Dados recolhidos pela empresa apontam para que mais de 80 por cento das empresas associem as falhas nas aplicações informáticas, de forma directa à perda de proveitos.

Metade destas admitem mesmo já ter sentido na pele este tipo de situação, enquanto 64 por cento confirmou que uma situação deste tipo já os prejudicou, refere Luís Porém Director Geral da Compuware Portugal, citando um estudo da Forrester Research.

Antes de apresentar a solução desenvolvida pela empresa para colmatar este tipo de problemas, o responsável adianta que para a maioria das empresas a métrica chave tida em conta na implementação dos seus sistemas de informação são requisitos de funcionalidade (para 75 por cento dos inquiridos), enquanto as métricas de downtime e disponibilidade são apontadas logo a seguir, como aspectos de qualidade na avaliação de 54 por cento das empresas inquiridas.

Com base nestes dados, a Compuware considera que os downtimes dos sistemas de informação são passíveis de ser evitados ou minorados por forma a que se reduza o impacto destas falhas nos negócios dos clientes. Para tal é, no entanto, necessário que as empresas multipliquem as suas métricas de qualidade a outros níveis. Luís Porem citou ainda dados do Gartner Group para dizer que os downtimes não programados, em aplicações críticas, podem ter custos médios até 100 mil dólares, por hora.

Em resposta aos dados das consultoras ,a Compuware apresentou um novo produto cujo objectivo é acompanhar todo o processo de implementação de um sistema de informação (ciclo de vida de desenvolvimento do produto), realizando testes e análise de resultados, ao longo de todo o processo por forma a garantir a supressão de eventuais falhas antes da entrada em fase de produção de uma aplicação informática.

O CARS já foi lançado pela empresa nos Estados Unidos e noutros países europeus e foi hoje apresentado em Lisboa como um produto dirigido às grandes contas que oferece "tecnologia, expertise e metodologia". A empresa oferece o serviço através da formação dos recursos da empresa ou em sistema de outsourcing de qualidade, o que considera "uma nova abordagem do mercado", com potencialidade para atrair um número interessante de clientes. Luís Porém explica que é notória a falta de recursos especializados em muitas das empresas clientes da Compuware, pelo que considera que o outsourcing de recursos especializados é uma das grandes mais valias da solução.

O CARS prevê uma fase de planeamento de testes, criação, preparação do ambiente, execução, análise de resultados e relatórios de gestão. Este processo acompanha todo o período de planeamento e desenho da solução.

A Compuware mencionou mais alguns dados apurados pelo Gartner revelando que 40 por cento dos downtimes resultam de falhas nas aplicações, onde se contam os bugs, problemas de desempenho, entre outros. Segundo a mesma fonte, outros 40 por cento referem-se a erros aplicacionais e apenas 20 por cento a problemas no hardware e problemas ambientais.