O FBI divulgou um estudo realizado pela unidade de luta contra o crime informático através do qual estima que os custos das falhas de segurança se elevam a mais de 67,2 mil milhões de euros por ano, só nos Estados Unidos. Os números fazem com que o crime informático fique bastante acima das perdas causadas por roubo de identidade - estimadas em 52,6 mil milhões de dólares em 2004 - e fraudes de telecomunicações, que terão atingido os mil milhões de dólares.



Um inquérito realizado a 2.066 organizações apurou que 64 por cento das empresas tinha sofrido perdas financeiras devido a falhas de segurança nos últimos doze meses. Em média cada empresa tinha perdido mais de 24 mil dólares, um número que enquadrado numa média de 20 por cento, considerada mais realista, permitiu ao FBI chegar ao valor de 67,2 mil milhões de dólares.



No âmbito dos crimes informáticos foram considerados os ataques de vírus, spyware, roubo de PCs e invasão de rede. Os inquiridos apontaram os worms, vírus e Cavalos de Tróia como os incidentes mais frequentes, seguidos do roubo de computadores, fraude financeira e invasão de rede, diz o estudo.




Nove em cada dez organizações registou pelo menos um incidente de segurança no último ano, enquanto vinte por cento dos inquiridos admitiu ter sido alvo de 20 ou mais ataques. A grande maioria das empresas dispunha já de sistemas de anti vírus, firewalls e anti spyware mas estes sistemas foram reforçados depois dos ataques, embora cerca de 44 por cento tenham registados incidentes originados pelo pessoal interno, o que levou à definição de controles mais apertados.



De acordo com o mesmo relatório, os ataques foram originados de 36 países, sendo os Estados Unidos e a China o ponto de partida para mais de metade dos incidentes.

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