Dos 3,7 milhões de dólares (2,7 milhões de euros) gastos em drones desde 2004 até maio último pelo departamento de justiça norte-americano, mais de 80% destinaram-se ao FBI, indica o documento.

Em junho, o então diretor do FBI, Robert Mueller, já tinha admitido que a agência utiliza drones para seguir o rasto de suspeitos e examinar cenas de crime em território norte-americano, mas ressalvou que a sua utilização ocorria raramente.

Além das contas, a auditoria menciona algumas recomendações sobre a necessidade de existirem normass específicas sobre o recurso aos drones que tenham em conta o respeito pela privacidade, que o DOJ diz estar já a desenvolver.

As recomendações foram bem recebidas pela União Americana de Liberdades Civis que apela às autoridades para agirem nesse sentido. "Nenhuma agência, incluindo o FBI, deveria desenvolver (programas de) vigilância interna com drones sem ter primeiro fortes normas sobre a privacidade", indica-se num comunicado.

A associação pede ainda ao Congresso para aprovar um projeto de lei que estabeleça que as autoridades responsáveis por fazer cumprir a lei devem obter autorização judicial antes de utilizar drones e proíba explicitamente que esses aviões não tripulados estejam armados.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico