Ao invés de usar uma especificação já existente, normalizada e adoptada por vários fabricantes, a Microsoft optou por desenvolver uma nova norma própria para os documentos Word que está neste momento em fase de análise pelo International Standardization Organization (ISO) para se transformar num standard de mercado.



A comunidade open source tem feito várias críticas à opção da empresa de Bill Gates e a Fundação para uma Infra-estrutura de Informação Livre vem agora lançar um prémio que incentiva a uma acção mais vigorosa contra a intenção da proprietária do Windows.



A FFI oferece um prémio de 2500 euros que irá distinguir uma acção individual ou de grupo que mais ajude a ISO a vencer o lobby da Microsoft. O ou os vencedores deste prémio Kayak terão ainda a oportunidade de apresentar a sua campanha na conferência anual da FFI em Novembro.



O formato desenvolvido pela Microsoft para o Office é o OOXML ou OpenXML que segunda a FFI se baseia em patentes de acesso condicionado e "em termos de licenciamento incompletos que tornam qualquer reimplementação independente impossível ou altamente arriscada". A fundação defende ainda que o OpenXML não usa formatos normalizados para a linguagem e para as datas, ao contrário do OpenDocument Format que é um formato aberto em toda a linha.



"O OOXML é a tentativa da Microsoft para subverter este standard, de forma a manter o seu domínio no mundo dos documentos. Activistas pelo mundo fora devem levantar-se e dirigir-se às suas entidades nacionais ISO, mostrando que o formato da Microsoft não é aberto, não é um standard e não é XML", defende Pieter Hintjens, presidente do organismo.



A Microsoft está a tentar a aprovação da sua norma para documentos Office junto da ISO que neste momento tem a decorrer na maioria dos países uma fase de recepção de comentários públicos. A decisão final é esperada para 2 de Setembro.



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