No espaço de um mês a equipa da Google destacada para o projeto Blink, o novo motor de renderização que a tecnológica vai usar no projeto open source Chromium, já removeu cerca de 8,8 milhões de linhas de código-fonte do Webkit.

A novidade foi revelada durante a conferência de Open Web Platform do Google I/O por um dos gestores do Chrome, Alex Komoroske.

Quando a tecnológica norte-americana apresentou o projeto Blink sempre disse que o motor de renderização Webkit - que está na origem de outros browsers como o Safari - é leve, flexível e poderoso, mas que se perdeu ao dar suporte a várias arquiteturas e navegadores de Internet.

O objetivo do Blink passa por partir do Webkit para uma plataforma mais leve e que ao mesmo tempo garanta uma performance melhor. Para já tudo corre dentro do planeado já que a remoção de milhões de linhas de código tem permitido aos engenheiros da Google aumentar a produtividade e focarem-se na evolução de aspetos específicos do novo rendering engine.

No mini-projeto Lazy Block Layout, escreve o TechCrunch, os developers estão a trabalhar na forma como o motor de renderização consegue diminuir o processamento de aplicações Web mais pesadas focando-se apenas nas partes da app que aparecem no ecrã - o que permitiu uma redução no tempo de carregamento de quatro segundos para 32 milisegundos.

O objetivo de construir uma plataforma que permita aumentar a interoperabilidade entre diferentes empresas também parece estar a ser cumprido já que durante o processo de "limpeza" a Google teve a ajuda de técnicos da Adobe, Intel e Microsoft. A Opera também já tinha revelado que ia suportar o Blink em detrimento do Webkit.

Ainda não é certo se as alterações que estão em curso serão visíveis para os utilizadores finais nas próximas versões do Chromium e Google Chrome, mas os programadores vão encontrar várias alterações.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico