Os computadores e os smartphones fazem cada vez mais parte da vida dos estudantes portugueses. As conclusões são do Observador Cetelem, num estudo que aponta que cada vez mais ferramentas tecnológicas fazem parte dos métodos de ensino, neste regresso às aulas. O estudo registou que 83% dos alunos utilizam um computador para estudar ou fazer os trabalhos de casa. Já 45% recorrem a um smartphone e 32% a um tablet.

Os resultados indicam que 6 em cada 10 alunos utilizam equipamentos diariamente nas suas atividades escolares. Sobre a capacidade para colocar em uso os equipamentos de forma eficaz, 96% dos encarregados de educação confirmam que os seus educandos têm capacidades suficientes.

O documento refere ainda que 67% dos educadores consideram que é importante que as escolas ensinem matéria de cibersegurança. E 47% defendem que as escolas deviam dedicar mais tempo a matérias ligadas a novas tecnologias.

Relativamente ao ensino digital, é apontado que os encarregados de educação estão mais atentos e menos de 15% consideram que as escolas estejam realmente preparadas ou equipadas para este formato. E também apenas 42% dos pais acredita que os seus filhos estejam preparados para este ensino digital. Metade dos encarregados referem estar preparados para apoiar os alunos com ferramentas digitais, caso seja necessário. Também 47% dos encarregados, questionados sobre o impacto da digitalização, apontam que é positivo para o seu bem-estar.

Mas o ensino digital não é visto totalmente como positivo para alguns pais. Cerca de 34% referem que as distrações impostas pela tecnologia são a principal dificuldade. E 19% considera a falta de motivação como preocupante e a falta de interação social para 18%. Mas 55% dos pais acredita que a digitalização melhora o desempenho escolar. Pelo menos 1 em cada 3 encarregados espera que se aumentem as práticas digitais neste novo ano escolar.

O estudo teve como base um inquérito conduzido em agosto a 1.300 contactos da população portuguesa.