
O lugar da tecnologia no mundo e em todas as suas facetas já é uma verdade incontornável e as mudanças estruturais que tem operado aos mais variados níveis não podem ser negadas.
Mas com tanta tecnologia e automatização de tarefas que antes pertenciam exclusivamente aos humanos, podem os médicos estar seguros da sua posição no mundo ou, no futuro, a sua profissão será convertida numa atividade de mera manutenção deste “doutores robotizados”?
Refletindo sobre os desenvolvimentos tecnológicos na área da Saúde, Gary Mudie está confiante de que daqui a 10 anos já teremos o primeiro hospital totalmente robótico, onde os robots ocupam os lugares que antes pertenciam aos congéneres humanos.
O diretor de tecnologia da plataforma de saúde digital Babylon sublinha que já são bastante evidentes as transformações que a tecnologia tem feito ao nível da prestação de serviços e cuidados de saúde, como a utilização de braços robóticos em cirurgias delicadas ou o emprego de máquinas para automatizar o armazenamento de medicamentos nas farmácias.
O ano 2020, afirma ele, será marcado pela conversão das tecnologias de “ficção-científica” em realidade tangível.
Mas o fator humano não deve - nem pode - ser eliminado da equação. Ricardo Gil-da-Costa, fundador e CEO da Neuroverse, discorda das projeções de Gary Mudie, e frisa que a Inteligência Artificial e que a robótica ainda não estão suficientemente desenvolvidas para tirar o lugar ao médico humano.
Ele considera que a questão não dever ser “Podem as máquinas substituir os médicos?”, mas sim “De que forma podem as máquinas ajudar os médicos?”.
O neurocientista avança que a relação de confiança que se estabelece entre médico e paciente é um elemento fundamental de qualquer processo de tratamento e que a tecnologia ainda não arranjou forma de simular fielmente essa simbiose.
Enquanto o ser humano tem capacidade para tomar decisões no momento e para se adaptar a situações inesperadas, a Inteligência Artificial ainda não dispõe dessa flexibilidade, sentencia Ricardo Gil-da-Costa.
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