A Polícia Nacional espanhola comunicou ter feito a detenção no dia 25 de abril, em Barcelona, na sequência de uma investigação que teve início na Holanda, numa colaboração entre as entidades policiais dos dois países.

O detido usava uma camioneta como escritório em diferentes pontos de Espanha, e que possuía várias antenas para detetar frequências. Na sua casa possuía vários sistemas informáticos e foram apreendidos documentos relacionados com os ataques.

O ativista afirma ser diplomata da Cyberbunker, mais concretamente ministro das telecomunicações e assuntos externos da República da Cyberbunker. A empresa é acusada pela Spamhaus dos ataques de DDoS que terão afetado a Internet, e que foram considerados os maiores ataques de sempre à infraestrutura da Web.

Os ataques terão tido origem numa disputa entre a Spamhaus - uma organização que regista entidades envolvidas no envio de spam - e uma empresa holandesa de alojamento, a Cyberbunker. A Spamhaus adicionou a Cyberbunker à sua lista negra e esta terá retaliado com ataques DDoS, que têm um efeito mais lato do que o objetivo inicial de evitar que a Spamhaus distribuísse a sua lista.

Os ataques foram dirigidos ao sistema de resolução de nomes na Internet (DNS - Domain Name System). O método usado pelos atacantes foi o distributed denial of service, DDoS, e segundo a mesma fonte atingiram picos de magnitude próximos dos 300 mil milhões por segundo.

Os ataques afetaram sobretudo a velocidade de acesso à Internet no Reino Unido e nos Estados Unidos, principalmente devido à dificuldade de resolução de nomes de domínios.

Na altura os especialistas foram rápidos a classificar este ataque como o maior de sempre da história da Internet e os efeitos faziam-se sentir no acesso a diversos serviços e sites web.

No entanto, a intensidade dos ataques, e o seu efeito na infraestrutura da Internet, chegaram a ser postos em causa por vários analistas, que admitem que o impacto foi altamente sobrevalorizado.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico