Os ataques informáticos têm sucedido desde o início do ano, Primeiro foi a Impresa, logo no dia 2 de janeiro, mas também a Vodafone e ontem o Ministério dos Negócios Estrangeiros foram alvo de ataques informáticos que paralisaram operações, deitaram a baixo os websites e apagaram dados.

Só o ataque à Impresa, a dona da SIC e do Expresso, terá sido reclamado pelo Lapsus$ Group, um grupo que também tinha feito vários ataques a organizações no Brasil ainda em dezembro. Mas na sua conta no Telegram o grupo foi sempre deixando mensagens sobre outros ataques que foram registados, incluindo o da Vodafone.

Agora o Lapsus$ Group publicou uma pergunta, numa espécie de votação, como avança o Expresso. “O que devemos “vazar” primeiro”? Os dados da Impresa, os dados da Vodafone ou os de uma operadora telefónica, a T-Mobile?"

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A mensagem não comprova que terá sido este grupo o responsável pelos ataques à Vodafone e ontem ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, que não foram reivindicados. O ministro Augusto Santos Silva, que tem a pasta dos Negócios Estrangeiros, tinha assegurado à TVI que “informação confidencial não está comprometida”.

“Infelizmente, nos dias que correm estamos sempre sujeitos a ciberataques, a que vamos respondendo e superando”, afirmou o ministro, garantindo que está ser feito “um investimento muito forte para robustecer as redes informáticas do MNE”.

Segundo os dados, o serviço de email de diplomatas e do pessoal do Palácio das Necessidades foi afetado na última sexta-feira. “Na segunda-feira ao início da manhã não tínhamos acesso aos emails nem à telegrafia que chega da rede externa [a rede CIFRA] com informação encriptada. Mas ao final dessa manhã já tudo estava normalizado. Pode ter sido um procedimento defensivo dos serviços do próprio ministério”, conta um alto funcionário do MNE ao Expresso.

A revista “Sábado” refere que o ataque foi detetado pelo Serviço de Informações de Segurança (SIS) e está a ser investigado pela unidade de cibercrime da Polícia Judiciária.

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No último fim de semana o grupo de hackers terá também atacado os sites brasileiros Americanas e Submarino, geridos pela mesma empresa, a Americanas e do Submarino. O Lapsus$ Group tinha reclamado o ataque ao Ministério da Saúde brasileiro e também à operadora Claro.

Em Portugal a Vodafone foi dando conta da evolução da situação depois do ataque informático que atingiu a empresa a 7 de fevereiro e que foi considerado um "ato terrorista" pela dimensão devastadora que nas primeiras horas bloqueou por completo as comunicações com impactos que se estenderam além dos 4 milhões de clientes da empresa.

A situação foi sendo recuperada gradualmente e a operadora já confirmou que todos os sistemas foram repostos, afirmando que não há indícios de que tenham sido obtidos dados privados no ataque.

Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação. Última atualização 10h36

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