O interesse da HP na impressão na nuvem tem vindo a ser reforçado desde que a empresa lançou, há um ano, o ePrint, com a possibilidade de imprimir directamente a partir de um email. A HP está também focada no mercado de soluções empresariais e apresentou hoje em Lisboa a estratégia que já tinha sido revelada em São Francisco.

"Acreditamos que o cloud printing vai trazer novas oportunidades e inovação no mercado da impressão para os clientes e impressoras", explicou aos jornalistas Manel Martinez, vice presidente da HP EMEA e general manager da divisão de impressão na Ibéria.

A HP estima que até 2013 a área de impressão vá gerar oportunidades de 292 mil milhões de dólares e Manel Martinez admite que a empresa quer garantir uma fatia importante na venda de equipamentos, serviços e aplicações. "Na área de equipamentos (impressoras) temos uma quota de 45% e queremos chegar ao mesmo valor nos serviços e aplicações", adiantou ao TeK em conferência de imprensa.

A estratégia de ePrint da HP para consumidores foi anunciada no ano passado e todas as impressoras com preços a partir de 100 euros à venda já suportam a impressão através da nuvem a partir de múltiplos dispositivos.

A empresa tem vindo a alargar a gama de equipamentos e sistemas operativos móveis com ligação ao ePrint, que já está disponível no iPad, iPhone, BlackBerry e também no WebOS, o sistema operativo Palm. A ligação da "nuvem" à impressão está também desde este ano acessível a partir de documentos do Google Docs.

Para as empresas a HP tem uma versão especial do ePrint com outros requisitos de segurança e confidencialidade e quer também alargar o negócio com o ePrint Mobile Print Location, uma solução que permite criar pontos de impressão em vários locais, como aeroportos, Hotéis e lojas, onde os clientes podem mandar imprimir os seus documentos a partir de um smartphone ou outros dispositivos portáteis.

José Correia, general manager do IPG em Portugal, admite que ainda não há casos de implementações em Portugal, mas a empresa está a trabalhar nesta área com os clientes com quem tem contratos de serviços de impressão.

Portugal tem, aliás, registado uma adopção elevada ao ePrint e uma procura de impressoras com a tecnologia mais elevada do que na maior parte dos países, refere.

O momento de crise económica que Portugal atravessa não arrefece o optimismo da empresa. "Este pode ser o momento propício para soluções inovadoras e de ruptura com os modelos tradicionais", defende José Correia, lembrando que nas soluções de impressão e de gestão do fluxo dos documentos há muitas oportunidades para a redução de custos da empresas e da Administração Pública.