
O tema é antigo e continua a opor HP e Oracle, agora na justiça. A Oracle deixou no ano passado de desenvolver software compatível com os chips Itanium da Intel, uma decisão que a empresa tem justificado com o facto da própria Intel ter reconhecido que está a migrar para processadores baseados na arquitetura x86, mais moderna.
A HP tem contestado a decisão e garante que a medida não é inocente. Alega que, desta forma, a Oracle está a condicionar o mercado e a causar-lhe danos elevados com a decisão.
Para fazer valer os seus argumentos a HP recorreu agora à justiça, num processo onde pede 500 milhões de dólares em danos para compensar as perdas que já teve com a decisão da Oracle.
Se a concorrente - que depois da compra da Sun ocupou um espaço significativo no mercado de hardware - não voltar atrás na decisão e continuar a caminhar para o fim do suporte aos Itanium, a HP já fez as contas e quer ser indemnizada em 4 mil milhões de dólares. O valor compensa o negócio perdido até 2020, indica a Bloomberg, que cita fontes próximas ao processo para avançar valores.
A HP alega ainda que num acordo assinado pelas duas fabricantes tinha ficado estabelecido que a Oracle iria garantir o suporte a servidores com Itanium até que a HP deixasse de os vender, mas a Oracle diz que não e remete para a versão escrita do documento que, garante, não aborda o assunto.
O acordo em questão foi aquele que as duas empresas assinaram para pôr fim à contenda que resultou da contratação pela Oracle do ex-CEO da HP Mark Hurd, um acordo que ficou aliás conhecido como acordo Hurd.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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