No âmbito do novo programa de supercomputação on demand da IBM, a empresa petroquímica Petroleum Geo-Services (PGS) vai alugar mais de um terço da sua capacidade informática à gigante informática, com vista a lidar melhor com aumentos da procura por serviços informáticos empregues para descobrir depósitos de gás e petróleo.



A PGS possui cerca de mil dos seus próprios computadores Linux com processador duplo interligados num único recurso informático ou cluster, mas a companhia vai também utilizar mais 400 máquinas da IBM com processadores POWER ou Intel, que serão empregues num projecto de captação de imagens sísmicas no fundo do mar, ao Golfo do México. A IBM espera que, eventualmente, outras companhias do sector petroquímico e das ciências naturais se tornem clientes do seu serviço.



Este projecto consiste num exemplo específico da iniciativa de computação on demand da IBM e do conceito mais vasto de computação enquanto serviço utilitário, em que as companhias que necessitam de quantidades variáveis de poder de processamento pagam pelo serviço à medida que o forem utilizando, apenas pela capacidade de que realmente necessitam.



A intenção é desenvolver uma alternativa mais económica à aquisição de equipamento para momentos de pico de utilização como a realização do balanço de contas no final do mês ou a passagem da época de compras do Natal, o que faz com que as máquinas adquiridas permaneçam sem qualquer utilização durante o resto do tempo.



A utilização dos computadores da IBM permite também à PGS introduzir novos serviços de processamento de dados que requerem mais poder de computação. O processamento sísmico - o recurso a ondas sonoras para criar modelos tridimensionais do interior da Terra - é uma das primeiras áreas onde se começou a utilizar clusters de computadores Linux.



Com o recurso ao serviço de supercomputação on demand, a PGS espera poupar anualmente 1,5 milhões de dólares. A IBM está sujeita ao mesmo nível de investimento de capital que os seus clientes tentam evitar ao alugar os computadores da gigante de informática, mas a companhia espera tornar o serviço lucrativo ao garantir que os computadores não permanecem sem utilização.



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