Os investigadores da IBM criaram um transístor em nanotubo de carbono que supera o desempenho dos modelos actuais de silício. O novo transístor da IBM tem uma maior capacidade de condução de corrente eléctrica e poderá vir a substituir os actuais transístores compostos de silício no prazo de uma década.



A investigação provou que os nanotubos de carbono - moléculas de carbono em forma de tubo, 50 mil vezes mais finos que um cabelo humano - podem ultrapassar o desempenho dos transístores de silício que actualmente compõem os circuitos lógicos usados para construir os processadores e outros chips. A conclusão de que os nanotubos de carbono poderão transformar-se no material de base dos futuros transístores foi alcançada depois de várias experiências que envolveram diferentes tipos de materiais.



Comparados com modelos anteriores de transístores em nanotubos, os transístores criados na IBM utilizam uma combinação mais convencional de vários elementos do transístor como isoladores e um canal que liga e desliga a corrente, encontrados em chips de silício convencionais. Estas combinações foram pensadas para integrar vários transístores em circuitos lógicos com um consumo de energia mais baixo.



Apesar da comercialização destes produtos estar ainda muito longe do seu início, os investigadores indicam que os nanotubos de carbono substituirão os dispositivos de silício de hoje. Esta substituição ocorrerá dentro de 10 a 15 anos, à medida que os investigadores sejam incapazes de miniaturizar ainda mais os actuais chips, afirmou Phaedon Avouris, investigador da IBM, em comunicado à imprensa.


O responsável pela investigação em nanotecnologia afirma ainda que "os nanotubos de carbono são já os principais candidatos para substituir o silício". Phaedon Avouris defendeu também que a transição do silício para os nanotubos não vai ser imediata, "Esperamos primeiro uma transição para os híbridos", conclui.

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