O Roadrunner da IBM foi o primeiro computador no mundo a atingir a marca de um Petaflop de cálculos por segundo de forma sustentada e chegou mesmo a liderar a lista dos supercomputadores mais potentes em atividade. Mas a máquina de 125 milhões de dólares vai ser substituído pelo Cielo, também ele um supercomputador mas que tem uma relação "processamento de dados-consumo energético" mais reduzido.

O complexo de processamento Roadrunner que vai ser gradualmente desmantelado ainda figura no top 25 dos supercomputadores mais potentes do mundo, o que até podia fazer com que parecesse uma mentira do primeiro de abril não tivesse sido anunciado ainda durante o dia 29 de março pelo Laboratório Nacional de Los Alamos.

Durante cinco anos estiveram em funcionamento 12,960 processadores gráficos IBM PowerXCell 8i, 6,480 processadores AMD Opteron de dois núcleos, 114TB de memória RAM e 1,09 milhões de terabytes de espaço de armazenamento. Todos estes componentes foram usados para suportar investigações na área dos lasers, nanotecnologia, investigação nuclear e estudo do universo.

Agora o Roadrunner vai continuar em funcionamento mas para analisar outros tipos de dados como compressão de memória em sistemas operativos ou otimização da distribuição de dados. O supercomputador ocupa uma área de 557,4 metros quadrados e tem os vários processadores ligados entre si por mais de 88 quilómetros de fibra ótica.

"O Roadrunner deixou toda a gente a pensar em novas formas de usar e construir os supercomputadores, com a utilização de processador especializados. As nossas demonstrações com o Roadrunner chamaram a atenção", refere em comunicado o investigador do laboratório de computação de alta performance, Gary Grider.

O Laboratório Nacional de Los Alamos acredita ainda que entre 2020 e 2030 os supercomputadores vão atingir a escala dos exabytes, isto é, vão ser mil vezes mais potentes que o IBM Roadrunner.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico