A Schneider Electric continua a apostar no conceito de casas inteligentes, acreditando que possam ser uma realidade comum para os consumidores nos próximos 10 anos. A empresa, uma das líderes na transformação digital da gestão de energia e automação, revelou na IFA o seu plano para Casa Sustentável do Futuro, mostrando novas soluções de energia numa nova gama de produtos que apelidou de Wiser.

E nada melhor que do que mostrar o futuro, através da adaptação das casas atuais. A ideia é que se possam instalar facilmente diversos produtos acessíveis nas casas existentes. Estes são controlados através de uma única aplicação, naquele que é um primeiro, mas importante passo, no caminho dos lares sustentáveis.

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A empresa refere que as habitações serão o maior consumidor de eletricidade em todo o mundo, sobretudo quando começar-se a carregar os veículos elétricos. Mas também “a eletrificação do aquecimento e o aumento da ocupação, à medida que mais pessoas trabalham em casa, levarão ao aumento drástico do consumo de eletricidade ao longo dos próximos dez anos”, salienta. E por isso, a gestão de energia inteligente e eficiente terão de ser uma prioridade para os consumidores, otimizando as necessidades energéticas, sem comprometer o conforto.

A Casa Sustentável do Futuro irá aprender e antecipar quando, onde e quanta energia é necessária para a iluminação, aquecimento, alimentação e carregamentos, de forma a dar resposta às necessidades dos seus ocupantes de forma eficaz e eficiente. As futuras casas serão capazes de identificar a melhor fonte de energia para utilizar no momento certo, de forma a reduzir custos, refere a empresa.

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E o seu contributo são os produtos da marca Wiser, baseadas em previsões de Inteligência Artiificial e no Machine Learning para melhor informar os consumidores dos consumos. A Schneider Electric refere uma redução de até 50% dos custos do consumo elétrico.

O primeiro produto chama-se Power Tag, um sensor plug and play inserido no quadro elétrico. Este acessório permite aos proprietários acompanhar o consumo de energia em cada divisão da casa, como está a ser usada e a quantidade. É possível traçar objetivos mensais de consumo de energia, com alertas associados quando as metas são alcançáveis. Um pouco como se faz atualmente na gestão dos dados do smartphones, para não ter surpresas na conta no fim do mês. Este sistema também dá conselhos aos proprietários de carros elétricos, quando o custo da energia é mais baixo ou quando existe fonte solar em excesso, caso tenha os respetivos painéis.

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Seguiu-se o Acti9 Active, um equipamento que pretende servir como “amortizador” a soluções de energia menos fiáveis e seguras. Por exemplo, quando a ligação à TV ou internet cai durante uma tempestade, ou ter demasiadas cargas na tomada elétrica na TV onde as crianças jogam nas consolas. Ou simplesmente uma infraestrutura elétrica desatualizada, são situações onde o Acti9 Active poderá notificar o utilizador, quando forem detetadas falhas como sobrecarga ou corrosão, permitindo que as corrija antes que se tornem incidentes graves.

Por fim, o terceiro produto é o sistema de Controlo de Temperatura. Este controla a temperatura ambiente com grande precisão, através de algoritmos de IA e Machine Learning. Mais uma vez, a empresa aponta para diminuições na fatura até 50% nos custos energéticos. Este sistema permite administrar os sistemas de aquecimento em cada divisão, invés de toda a casa. Em breve a empresa vai atualizar o sistema com a deteção de janelas abertas, interrompendo o aquecimento e enviar uma mensagem ao utilizador. O sistema fica em standby, retomando o aquecimento quando a janela for novamente fechada.

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Durante a apresentação foi revelado que as suas soluções são igualmente compatíveis com os assistentes inteligentes, como o Alexa e o Google Assistant, embora a sua integração de voz apenas esteja previsto para o próximo ano. A empresa explicou que o seu Power Tag passa a funcionar instantaneamente depois de ser ligado.

Relativamente à disponibilidade dos produtos, estes estão previstos chegar ao mercado entre o último trimestre deste ano e o primeiro de 2021. O PowerTag irá custar 50 euros, o Acti9 Active entre os 60 a 80 euros, e os kits de controlo de temperatura têm um valor entre os 150 e 250 euros.

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