Os videojogos continuam a ser uma das indústrias de entretenimento mais lucrativas, tendo gerado em 2023 valores globais a rondar os 196 mil milhões de dólares. O valor superou a receita combinada dos serviços de streaming, como o Netflix e Amazon Prime, com as salas de cinema. Os dados são da Bain & Company que projeta um crescimento anual de 6% e um valor de 257 mil milhões de dólares em 2028.
O relatório Gaming Report 2024 (Meet the moment: How gamers are changing the game) aponta que os jovens jogadores entre os 2 e 18 anos são a maior fonte de crescimento do sector do gaming. Nesta faixa etária, cerca de 80% dos jovens dedicaram 30% do seu tempo livre aos videojogos. Por outro lado, apenas 31% das pessoas com 45 anos ou mais se identificam como gamers, registando 2,5 horas por semana, quando comparado com as 9,5 horas por semana jogadas por adolescentes dos 13 aos 17 anos.
O estudo indica que quase 70% dos jogadores já utiliza pelo menos dois equipamentos para jogar. E como tal, metade dos inqueridos exigem uma melhor acessibilidade entre plataformas para facilitar o câmbio dos jogos. O relatório aponta que 95% dos estúdios com mais de 50 colaboradores já trabalham na produção de jogos multiplataforma.
Veja na galeria mais dados:
A consultora prevê que outros equipamentos inicialmente não destinados a jogos, como smartphones, televisores, cloud vão permitir aceder aos títulos favoritos sem a necessidade de um PC e consolas. Nas suas conclusões, a Bain & Company diz que embora as vendas de consolas tenham crescido em termos absolutos, a penetração no mercado manteve-se estável ao longo da última década. Mas os utilizadores que jogam com telemóveis já representam mais de metade do mercado global.
E 90% dos jogadores manifestaram o desejo de reunir a experiência de jogos num único equipamento, com muitos a estarem dispostos a pagar por isso. Os jogadores preferem experiências imersivos, passando mais de hora e meia a jogar por semana, do que aqueles que não jogam este tipo de jogos.
Quase 80% dos jogadores interagiram com títulos que incluem conteúdo gerado pelo utilizador, enquanto um em cada sete criou conteúdo dentro dos videojogos. O estudo prevê que a IA generativa irá acelerar esta tendência, permitindo aos jogadores personalizar ainda mais as suas experiências.
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