A Intel revelou ter também sido em Janeiro vítima de uma ataque sofisticado aos seus sistemas informáticos, tal como aconteceu à Google. Chuck Mulloy, porta-voz da empresa, assegura no entanto que a proximidade de calendário é a única relação que pode estabelecer-se entre os dois episódios. Outro tipo de coincidências, são para já negadas pela empresa, que revelou a informação sobre o ataque num formulário, ao regulador americano dos mercados.


O porta-voz da Intel assegura, aliás, que são frequentes as tentativas de ataques à empresa, tentando aceder a informação não autorizada. E diz que em relação a este ataque há características que o afastam do episódio vivido pela Google e que a empresa não detectou agora qualquer roubo de propriedade intelectual, sua consequência.



Quando em Janeiro a Google denunciou que tinha sido alvo de um ataque sofisticado em larga escala, com origem na China, alertava para o facto de não ter sido a única vítima e assegurava que, pelo menos, mais duas dezenas de empresas teriam sido alvo de episódios idênticos. A Adobe foi uma das empresas que na altura confirmava um ataque com os mesmos contornos.



Desde a denúncia, muita informação tem sido vinculada pela imprensa relativamente à origem dos ataques. Desde logo pelo governo chinês que assegurou não estar envolvido no evento, que se suspeitava estar relacionado com acções de espionagem industrial.

Mais recentemente um relatório publicado na imprensa norte americana assegurava ter seguido o rasto dos ataques até duas universidades chinesas e na última segunda-feira o Finacial Times escrevia que analistas americanos - envolvidos na investigação governamental - tinham conseguido identificar um homem responsável pelo desenvolvimento de parte do código usado para realizar os ataques. Este código, como já tinha sido adiantado antes, tirava partido de uma falha no Internet Explorer e supostamente o Governo chinês estaria a par de todo o seu desenvolvimento, embora o homem não fosse um funcionário público, pelo menos a tempo inteiro.



A China é actualmente o segundo maior mercado da Intel e de acordo com previsões da empresa pode tornar-se no seu mercado mais relevantes num espaço de três a quatro anos.