Académicos da Universidade de Oslo, na Noruega, vão usar uma máquina que tem a potência de 10 mil computadores tradicionais para tentarem conseguir alguns avanços na luta contra o cancro. O que os investigadores vão fazer é analisar o código genético de células para perceber quais os "erros" que se encontram em cada tipologia de cancro e tumor.

Numa linguagem mais técnica, o que os cientistas vão tentar encontrar é o "código malicioso" que existe no RNA, a parte ativa do código genético das células. E ao identificarem apenas a parte má que causa os cancros malignos já estarão a fazer progressos na investigação científica desta área.

A única maneira de fazer este mapeamento digital é com recurso a computadores que tenham uma grande capacidade de processamento. E na Universidade de Oslo existe uma máquina que já figurou na lista dos computadores mais potentes do mundo.

"É por isso que os cientistas deviam passar mais tempo com bioestatísticos e informáticos. As amostras de RNA só podem ser tiradas dos pacientes uma vez. Mas o número de análises que podem ser feitas apenas são limitadas apenas pela imaginação", esclarece o professor Rolf Skotheim, em comunicado.

É através da grande análise de dados, e através da análise massificada de dados por parte de diferentes grupos de investigação, que os cientistas conseguem perceber se estão perante um facto ou um acaso.

Apesar de estarem a trabalhar especificamente com o cancro do intestino e da próstata, os investigadores noruegueses estão convencidos que esta metodologia de trabalho pode ser aplicada a qualquer cancro.

Ao fazerem a codificação específica de cada cancro ou tumor, os investigadores esperam poder criar soluções feitas à medida do caso, o que pode fazer aumentar a taxa de sucesso na luta contra a doença.

Nota de redação: Corrigida toda a notícia para dar conta de que a investigação está a ser feita na Universidade de Oslo, na Noruega. Obrigado ao leitor pela indicação.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico