
Se o objectivo era comparar, o iOS é mais seguro que o Android. É esta a conclusão que podemos retirar do estudo "A Window into Mobile Device Security", embora este conte um total de 200 vulnerabilidades nas várias versões do sistema operativo da Apple, face a apenas 18 registadas no Android.
A "larga maioria" das vulnerabilidades detectadas, tanto numa plataforma como noutra, eram de baixo risco, podendo ser exploradas para aceder a um processo em execução (ao browser, por exemplo) mas não obter privilégios de administrador do sistema, que permitissem ao hacker controlar o dispositivo em causa.
As poucas vulnerabilidades graves encontradas poderiam ter sido usadas para o fim acima descrito, mas em vez disso, no caso da Apple, tudo leva a crer que estas tenham sido iniciadas por proprietários de telefones em processos de jailbreak. A fabricante terá demorado, em média, 12 dias a corrigir cada uma delas.
A Google corrigiu todas excepto quatro das vulnerabilidades detectadas até à data, sendo que uma delas, considerada grave apenas foi corrigida na versão 2.3 do Android, não tendo sido alvo de actualização para versões anteriores - o que significa que alguns dispositivos continuam vulneráveis. A empresa ganha, no entanto, em velocidade de resposta, tendo demorado apenas 8 dias, em média, para corrigir as falhas reportadas.
A verdade é que a análise de 26 páginas, que se propõe avaliar a segurança dos sistemas operativos móveis da Google e da Apple, encontra pontos fracos e fortes naquelas que são consideradas as duas principais plataformas para smartphones actualmente no mercado. A Apple tem a seu favor o "trunfo" do controlo exercido sobre todas as aplicações disponibilizadas na AppStore - que é simultaneamente considerado um entrave por alguns programadores.
Ao obrigar os programadores que querem ver as suas aplicações na loja oficial da Apple a fazerem um registo (que lhes confere uma assinatura digital) outorgado pela empresa e a pagar para vender apps, a empresa garante um maior nível de segurança contra a distribuição de malware por terceiros, sustenta o estudo.
Mas a verdade é que, uma vez feito um jailbreak ao dispositivo, esta protecção deixa de ser eficaz, alertam os especialistas.
O relatório afirma ainda que o iOS oferece melhor encriptação, enquanto o Android conta com melhor isolamento das aplicações - que impede que umas aplicações acedam a outros processos do telefone ou acedam e modifiquem o kernel (núcleo) do sistema operativo. No que respeita aos mecanismos tradicionais de controlo do acesso aos dispositivos saem "empatados".
Apesar de tudo, a principal conclusão do estudo apresentado esta semana pela Symantec, é a de que tanto um SO como outro são mais seguros que os computadores, mas ambos apresentam falhas capazes de comprometer os dispositivos e dados dos utilizadores.
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