Este ano deverão ser vendidos cerca de 106,1 milhões de tablets, estima a IDC, que reviu em alta as previsões de 87,7 milhões de unidades, inicialmente avançadas para o mercado, onde o iPad da Apple deverá continuar a ser líder. Pelo menos até 2016.

As estimativas são reveladas numa semana em que a Apple se prepara para colocar à venda o Novo iPad nos primeiros dez mercados, esta sexta-feira, e em que consultoras como a Canaccord Genuity avançam estimativas de vendas de 65,6 milhões de tablets para a empresa durante 2012.

A IDC, tal como a Gartner tinha feito a semana, também coloca o iPad no topo das preferências dos consumidores, com uma liderança incontestada do segmento. Acrescenta porém que o cenário deverá alterar-se no espaço de quatro anos.

De acordo com a análise da consultora, a partir de 2016 as vendas de tablets equipados com sistema operativo Android - somados os vários modelos e marcas concorrentes - deverão ultrapassar o número de iPads comercializadas pela Apple.

Concorrentes como o Kindle Fire, disponível no último trimestre de 2011 e apenas nos EUA, conquistaram 16,8% do mercado nesse período, com 4,7 milhões de unidades enviadas para as lojas. Em três meses, a Amazon relegou para segundo lugar do top a Samsung, agora com uma quota de 5,8% do mercado. Nenhum dos valores faz, porém, frente à Apple, que se manteve imbatível, com os seus 54,7% de quota de mercado nesse trimestre.

Segundo a IDC, saíram das fábricas da Apple 15,4 milhões de iPads, o que representa um aumento de 110% face a um ano antes. Ainda assim, o mercado globalmente considerado cresceu mais: 155% - o que ajuda a ilustrar o espaço que está a ser ganho pelas concorrentes.

Quando olhados como um todo, os tablets com sistema operativo Android foram responsáveis por 44,6 das vendas. O PlayBook, da RIM, ficou-se pelos 0,7% (menos que os 1,1% que assegurava um ano antes).

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes