“A próxima vaga de inteligência artificial (IA) é a IA física. A IA que compreende as leis da física, a IA que pode trabalhar entre nós”, disse Jensen Huang, CEO da Nvidia, destacando a importância da robótica e da IA em desenvolvimentos futuros. A IA física é definida por modelos que conseguem compreender instruções e desempenhar autonomamente tarefas complexas no mundo real.
“A robótica está aqui. A IA física está cá. Isto não é ficção científica e está a ser utilizado em todos os lados em Taiwan. É muito, muito emocionante”, acrescentou Jensen Huang. Os gigantes globais da eletrónica estão a integrar a robótica autónoma da Nvidia nas suas fábricas, tirando partido da simulação no Omniverse (também utilizada no mercado dos jogos) para testar e validar esta nova vaga de IA para o mundo físico.
O CEO da Nvidia falava dias antes da Computex, que decorreu entre 4 e 7 de junho em Taipei, Taiwan. Existem mais de cinco milhões de robots pré-programados, alvo de testes e validação em todo o mundo, incluindo através de simulações de gémeos digitais no Omniverse da Nvidia, disse. No futuro, “todas as fábricas serão robotizadas. As fábricas vão orquestrar robots, e esses robots vão construir produtos que são robóticos”.
Outra novidade foram as revelações sobre a plataforma de desenvolvimento de IA Isaac que já é utilizada para melhorar a eficiência em fábricas e armazéns, incluindo as da BYD Electronics, da Siemens, da Teradyne Robotics e da Intrinsic.
A Isaac abrange um portfólio completo de sistemas: cloud-to-edge acelerados, bibliotecas de aceleração e modelos de IA otimizados para desenvolver, treinar, simular, implementar, operar e otimizar os seus sistemas e software de robots. Esta ferramenta está a ser utilizada para investigação, desenvolvimento e produção de milhões de máquinas e robots autónomos alimentados por IA, incluindo robots móveis autónomos (AMR, na sigla em inglês), braços industriais e humanoides, diz a empresa.
O líder “rock star” atraiu uma audiência de mais de 6.500 líderes da indústria, jornalistas, empreendedores, gamers, criadores e entusiastas de IA. Afirmou que estamos à beira de uma grande mudança na computação, com a intersecção entre a Inteligência Artificial e a computação acelerada a redefinirem o futuro.
Veja na galeria imagens de Jensen Huang, CEO da Nvidia, durante o keynote:
O CEO da Nvidia revelou também o calendário de desenvolvimento de novos semicondutores. Apresentou a plataforma Rubin (a lançar em 2026), que deverá suceder à Blackwell Ultra (previsto para 2025), com novos GPU e o CPU baseado em ARM (Vera), acompanhado de conetividade avançada. Centrado na redução de custos e sustentabilidade, Jensen Huang falou também sobre centros de dados, fábricas, dispositivos de consumo, robots, entre outros contributos para a “próxima vaga de avanços tecnológicos”.
“A computação acelerada é uma computação sustentável”, disse, descrevendo como a combinação de GPU e CPU pode proporcionar um aumento de velocidade de até 100 vezes, incrementando o consumo de energia apenas três vezes, alcançando um desempenho 25 vezes superior por Watt relativamente aos CPU isolados.
Jensen Huang aproveitou para apresentar casos de utilização da tecnologia Nvidia para a transformação das empresas, como, por exemplo, a utilização das soluções Omniverse, Isaac e Metropolis, da Nvidia, na Foxconn, para a criação de gémeos digitais.
Na área da inteligência artificial generativa, Jensen Huang revelou a NIM, para criação de aplicações de IA generativa e que deve permitir maximizar o investimento nas infraestruturas das empresas. Os programadores podem ter acesso a esta API para, desse modo, também eles contribuírem para a inovação em IA.
Cerca de 200 parceiros tecnológicos da fabricante integram a NIM nas suas plataformas para acelerar as implementações de IA generativa para aplicações específicas de domínio, como copilotos, assistentes de código, avatares humanos digitais e muito mais. É o caso da Cadence, da Cloudera, da Cohesity, da DataStax, da NetApp, da Scale AI e da Synopsys.
Na plataforma IGX (Industrial-Grade Edge AI platform), a Nvidia AI Enterprise, em parceria com a Adlink, a Advantech, a Onyx, entre outros, fornece soluções de IA de ponta que cumprem normas regulamentares rigorosas, essenciais para a tecnologia médica e outras indústrias.
Segundo a Nvidia, a AI Enterprise é uma plataforma de software cloud-native de ponta a ponta que acelera os desenvolvimentos da ciência de dados e simplifica o desenvolvimento e a implantação de copilotos de nível de produção e outras aplicações de AI generativas. Os microsserviços fáceis de usar fornecem desempenho de modelo otimizado com segurança, suporte e estabilidade de nível empresarial para garantir uma transição suave do protótipo para a produção para empresas que administram os seus negócios com IA.
A empresa superou as expectativas de Wall Street ao apresentar receitas de 26 mil milhões de dólares no primeiro trimestre fiscal de 2025, mais 262% do que no trimestre homólogo anterior. O que conduziu a uma aceleração nos mercados. A Nvidia é a empresa que mais tem crescido nos últimos meses na Bolsa, tendo ultrapassado o valor da Apple poucos dias depois desta apresentação do líder da fabricante de microprocessadores.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Missão Ariel da ESA quer explorar 1.000 exoplanetas e Portugal ajuda com engenharia e ciência -
App do dia
Maple Tale é uma aventura de plataformas com animações desenhadas à mão -
Site do dia
Precisa de gravar o ecrã do computador? O Donzo dá uma ajuda com um clique -
How to TEK
Farto de reagir no WhatsApp com emojis? Crie os seus próprios stickers
Comentários