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As crianças dos 6 aos 10 anos são o público-alvo do Magalhães, o primeiro portátil produzido em Portugal numa parceria entre a Intel, a JP Sá Couto e a Prológica, apadrinhada pelo Plano Tecnológico. O Governo quer disponibilizar já no próximo ano 500 mil portáteis para os alunos do Primeiro Ciclo.




O Magalhães é baseado na segunda versão Classmate da Intel, o portátil desenvolvido especificamente para o mercado da educação pela gigante de semicondutores. A JP Sá Couto e a Prológica constituiram uma ACE, de nome YOUTSU com o objectivo de responder com recursos nacionais ao programa e-escolas e agora formaliza também a parceria com a Elitgroup Computer Systems (ECS) trazendo para Portugal o know how de produção do Classmate da Intel e uma rede de produção de notebooks que esta implementada quase exclusivamente em países asiáticos.




"Este projecto marca um momento importante para o país", garantiu o Primeiro-ministro José Sócrates durante a apresentação, explicando que é a primeira vez que um computador concebido pela Intel tem um nome português e é fabricado em Portugal.




O projecto Magalhães cria em Portugal uma ODM (Original Design Manufacture) que pela primeira vez vai produzir no país notebooks e é uma das primeiras fábricas do género na Europa. No início apenas 30 por cento da tecnologia incorporada é nacional mas até final do ano será 100%, tirando o microprocessador da Intel, garantiu José Sócrates.




O papel da Intel
A Intel cede o design dos portáteis, baseados no Classmate, e irá disponibilizar aconselhamento e suporte tecnológico ao Governo português na gestão promoção e implementação da iniciativa. Gordon Graylish, vice-presidente da Intel para a EMEA, adiantou ao TeK que a Intel não vai tomar nenhuma participação accionista no projecto nem investir financeiramente na fábrica, mas que cede o seu know-how e expertise técnica e de mercado.





Este responsável admite que há um grande potencial do projecto de expansão internacional em países de lingua portuguesa mas não só, já que há países de fracos resursos económicos onde o investimento nestas ferramentas faz todo o sentido.




Segundo informação disponibilizada à imprensa, está prevista também a criação de um centro de competências da Intel em Portugal para expandir a utilização de computadores portáteis, mas não foram disponibilizados mais dados sobre esta intenção.




Craig Barrett, presidente do Conselho de Administração da Intel, falou durante a apresentação do Magalhães louvando o Governo português pela iniciativa e lembrou que os PCs são apenas uma ferramenta e que é preciso ter conteúdos educativos disponíveis e professores formados para tirar partido da ferramenta. Chamando Magellean ao notebook, Craig Barrett reconheceu ainda como positivos os passos dados em Portugal com o Plano Tecnológico da Educação e os objectivos de ligar as escolas à Internet.





Veja o vídeo do SAPO com a apresentação do conceito.









Nota da Redacção: [14:37] A notícia foi actualizada com mais informação.


[16:14] A notícia foi novamente actualizada com declarações ao TeK de Gordon Graylish, vice-presidente da Intel para a EMEA.



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