
Albert Gonzalez, o cracker de Miami acusado de roubar dados de dezenas de milhões de cartões multibanco, declarou-se culpado, desta vez no tribunal de New Jersey, habilitando-se a uma pena que pode ir entre os 17 e os 25 anos de prisão, reporta a imprensa internacional com base na declaração oficial, emitida ontem.
O homem de 28 anos, que usava nicknames como "soupnazi" e "segvec", assumiu as acusações de conspiração para entrar nos sistemas informáticos de alguns dos maiores grupos financeiros e de retalho do país e o roubo de dados de dezenas de milhões de cartões multibanco de clientes.
O início daquele que já é apelidado de "um dos maiores casos de roubo de dados nos EUA" remonta a Outubro de 2006, altura em que Gonzalez e mais dois cúmplices terão começado a estudar os esquemas de pagamento usados em diversas empresas - alegadamente escolhidas entre as 500 maiores do país segundo a listagem da Forbes - com o objectivo de entrar nos sistemas informáticos e roubar dados dos cartões multibanco dos clientes. A informação seria depois vendida a terceiros.
Entre as empresas visadas pelos "ataques" estão, por exemplo, a cadeia de lojas de conveniência 7-Eleven e o Heartland Payment Systems, mas as acções afectaram, no total, cerca de 250 instituições bancárias.
Em declarações à imprensa, a acusação salienta a importância de penalizar quem realiza este tipo de actividades com fins lucrativos, julgando que por actuarem "nas sombras da Internet" não serão responsabilizados, afirmou o procurador do distrito de New Jersey, citado pela PC World.
O arguido enfrenta processos em três tribunais norte-americanos, em Massachusetts, Nova Iorque e Nova Jérsia.
No final de Agosto (de 2009) já tinha assumido a culpa de 19 das acusações que lhe eram dirigidas, chegando a um acordo que implicava a aplicação de uma pena de prisão entre os 15 e os 25 anos.
Consoante a pena que os tribunais decidam aplicar em cada caso, será depois decidido qual o tempo de prisão efectiva a cumprir pelo hacker.
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