A SanDisk, o maior fabricante mundial de memórias Flash a seguir à Intel, apresentou na CeBIT o seu módulo de 8 GigaBytes (GB) no formato Compact Flash (CF), um SD de 4 GB e um MicroSD de 1 GB. Por outro lado, os fabricantes que suportam a norma alternativa MultiMediaCard (MMC), estão já a lançar módulos de 1 GB e 2 GB para os telemóveis e as mais pequenas máquinas fotográficas digitais, sublinhando a sua maior rapidez e menor consumo de energia.

O CF de 8 GB da SanDisk surge na linha Extreme III dos seus produtos, graças aos seus débitos de escrita e leitura na ordem dos 20 MB/segundo, destina-se à fotografia profissional, onde é frequente os utilizadores registarem as suas imagens em ficheiro no formato RAW de grandes dimensões (dezenas de MegaBytes).

No outro extremo das dimensões físicas, a SanDisk lançou o seu MicroSD de 1 GB na linha Ultra II. A este módulo do tamanho de uma unha de criança, o fabricante atribui uma velocidade de escrita de 9 MB/s e de leitura de 10 MB/s.

A Samsung é principal fabricante das memórias Flash em formato MMC e a Nokia o principal fabricante de telemóveis que as suportam. O consórcio que tem vindo a desenvolver as especificações desta norma já aprontou a sua versão 4, a qual proporciona velocidades até 52 MB/s (ou 416 Megabits/s) e o suporte de duas voltagens - 1,8 e 3,3 volt - para que os módulos possam ser usados num leque mais alargado de equipamentos.

As máquinas fotográficas digitais e os telemóveis têm sido os grandes impulsionadores do aumento da capacidade das memórias Flash, em detrimento dos discos rígidos de pequeno formato - como as microdrives, antes da IBM e agora da Hitachi, desde que esta adquiriu a divisão de discos da Big Blue.

E esta evolução faz todo o sentido: por mais seguros e fiáveis que sejam os novos discos rígidos, nunca o poderão ser tanto nem tão baratos quanto as memórias Flash, pois estas não têm componentes móveis. A procura esperada é tal que, aliada ao rápido progresso dos processos de fabrico, a IDC prevê que os seus preços vão diminuindo ao ritmo de mais de 40 por cento por ano até 2009.

Rui Jorge Cruz em Hanover (Alemanha)

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