Novos dados da IDC dão a conhecer que o número de computadores enviados para as lojas nos últimos três meses de 2022 ficou aquém das expectativas. Ao todo, foram enviados 67,2 milhões de PCs, numa descida de 28,1% em comparação com o mesmo período no ano passado.

Os especialistas afirmam que é claro que o “boom” do período da pandemia já terminou. No entanto, apesar das recentes quedas registadas pelo mercado de PCs, o número total de equipamentos enviados para as lojas em 2022 ficou acima dos níveis pré-pandémicos, com 292,3 milhões de unidades.

De acordo com os dados partilhados, no último trimestre do ano, a Lenovo assumiu o primeiro lugar no Top 5 de fabricantes, com uma quota de mercado de 23,1%. A fabricante enviou 15,5 milhões de computadores para as lojas, numa diminuição de 28% em relação ao período homólogo em 2021.

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A Dell foi a fabricante que registou a maior quebra em comparação com o último trimestre de 2021, com menos 37%. Já a Apple registou uma diminuição de 2,1% face ao período homólogo. Aliás, a empresa da maçã foi a única fabricante com crescimento positivo em relação à totalidade de 2021, na ordem dos 2,5%.

A procura continua a ser uma preocupação para muitos vendedores com a entrada no novo ano. Como detalha Jitesh Ubrani, especialista da IDC, a gestão de inventário de PCs, assim como de componentes, vão também continuar a ser um dos principais problemas ao longo dos próximos trimestres que tem o potencial de afetar os preços médios de venda.

Apesar das perspetivas mais cautelosas de muitos vendedores, espera-se que alguns segmentos voltem a crescer no final de 2023, com a totalidade do mercado a seguir a mesma tendência em 2024.

O segmento comercial, por exemplo, poderá ser impulsionado pelo fim do suporte ao Windows 10. Por outro lado, os especialistas indicam que não há tanta certeza quanto ao desempenho do mercado de consumo em 2023 e mais além.

Ryan Reith, vice-presidente da área de mobilidade de dispositivos da IDC, afirma que o mercado de PCs pode parecer sombrio, mas podem existir muitas oportunidades futuras. “Acreditamos firmemente que o mercado tem potencial para recuperar em 2024 e vemos momentos de oportunidade ao longo de 2023”.