A Gartner e a IDC apresentaram os resultados de venda de computadores pessoais para o segundo trimestre de 2013 e os números continuam longe de serem animadores: a Gartner diz que as vendas diminuíram 10,9% em comparação com igual período de 2012, enquanto a IDC aponta para 11,4%.

Apesar da forte queda registada, o destaque vai para o abrandamento dos maus resultados, depois de no primeiro trimestre do ano o mercado dos computadores ter afundado 14%, na maior queda de sempre registada pela IDC.

Apesar de os valores das duas empresas apresentarem pouca diferença absoluta, as tendências apontam no mesmo sentido. Entre abril e junho deste ano foram comercializados cerca de 76 milhões de PC.

O mercado de consumo e os mercados emergentes estão a olhar mais para os tablets de baixo custo em detrimento dos computadores pessoais, incluindo os portáteis com ecrãs de pequenas dimensões. Um dos analistas da Gartner, Mikako Kitagawa, fez questão de ilibar o Windows 8 das culpas que têm sido atribuídas ao sistema operativo pelo cada vez menor sucesso dos PC, dizendo que os argumentos usados nesse sentido não têm fundamento.

Na Europa, África e Médio Oriente (EMEA) este é o segundo trimestre consecutivo onde a queda na venda de computadores atinge a casa dos dois dígitos em comparação com o ano anterior, e o quinto consecutivo a registar perdas.

Segundo as contas da Gartner, na EMEA a venda de PC caiu 16,8% em comparação com o segundo trimestre do ano anterior. Além das justificações "tradicionais" e já referidas, os analistas consideram que a transição para os computadores equipados com os processadores Haswell da Intel também teve um peso significativo na forte queda registada. O ambiente económico difícil que se vive na Europa Ocidental, onde se inclui Portugal, também é apontado como explicação para os maus resultados.

A nível de fabricantes, a Lenovo e a Hewlett-Packard continuam a ter um duelo próximo pela liderança do segmento, mas tanto a IDC como a Gartner dão vantagem à tecnológica chinesa.

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Sem avançar com o cenário de retoma, a IDC acredita que o fim do suporte oficial da Microsoft ao Windows XP pode fazer com que nos próximos meses haja uma redução nas perdas que foram registadas na primeira metade deste ano.


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