O mercado dos computadores pessoais continua sem dar grandes sinais de retoma e durante o último trimestre de 2001 as remessas destes equipamentos em todo o mundo diminuíram 6,7 por cento em relação a período homólogo em 2000. Todavia, na opinião do analista da International Data Corporation Roger Kay, o facto de se ter registado um crescimento contínuo de 16,9 por cento nas remessas - para 34,2 milhões de unidades entregues - nos últimos três meses do ano passado em relação ao terceiro trimestre de 2001 é já um sinal positivo.



Os resultados referentes aos últimos três meses de 2001 demonstram assim um progresso em relação aos valores apresentados em relação ao terceiro trimestre de 2001 onde se expediram menos 13,4 por cento que em período igual em 2000.




De acordo com informações disponibilizadas pela IDC a comparação do último trimestre de 2001 foi mais fácil já que o abrandamento do mercado começou a regredir no final do ano 2000. O crescimento continuo é, desta forma, um indicador mais preciso do comportamento do sector, já que se encontra apenas um pouco atrás da percentagem média alcançada nos últimos trimestres de 1995 a 2000, e que foi de 19,8 por cento.



A Dell é a grande líder nesta área já que foi a única empresa, das cinco maiores – Compaq, IBM, Hewlett-Packard e Gateway –, a conseguir aumentar as suas remessas de equipamentos em 2001, segundo a IDC.



Depois de se ter retirado de alguns mercados internacionais, a Gateway também não conseguiu melhor no mercado norte americano devido, em grande parte, à actuação dos seus concorrentes Dell e HP. Esta última registou um crescimento continuo de 35,5 por cento e recuperou de um terceiro trimestre mais atribulado, embora as remessas tenham descido 7,8 por cento em relação a período igual em 2000.



A IBM, que abandonou o fabrico de desktops este ano, não fugiu à tendência do mercado e diminuiu os envios de PCs em 22,1 por cento em relação ao ano de 2000, mas cresceu continuamente 5,0 por cento. Já a Compaq obteve melhores resultados nos mercados internacionais que nos Estados Unidos onde o crescimento sequencial foi de apenas 2,5 por cento e as remessas diminuíram 24,7 por cento. Para o resto do mundo a empresa aumentou continuamente 16,3 por cento no quarto trimestre, embora as remessas em relação a período igual em 2000 tenham diminuído 19,1 por cento.



Apesar de não se esperar uma recuperação muito rápida deste segmento, e embora se tenham já sentido algumas melhorias no mercado do PCs, a única região a suportar o crescimento sentido foi a Ásia Pacifica, com excepção do Japão cujo mercado está a sofrer fortemente com a má situação económica actual e que se prevê que continue durante os próximos trimestres.



Os países com a economia mais débil são os que menos contribuem para a retoma do mercado. Na Europa o sector continua a enfraquecer no sector corporativo, sendo os pequenos negócios e os consumidores os que mais investem na área dos portáteis.



Em relação aos Estados Unidos as vendas têm vindo a decrescecer de ano para ano – 10,1 por cento este ano –, embora o crescimento continuo tenha alcançado os 6,1 por cento em grande parte devido ao mercado doméstico.



Os resultados obtidos confirmam assim as previsões da IDC para 2001 com baixas expectativas de vendas mundiais neste sector, prevendo-se a recuperação para 2002.



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