“Pedimos à Google para trabalhar connosco na proteção dos utilizadores retendo os detalhes [da vulnerabilidade] até terça-feira, 13 de janeiro, quando vamos lançar uma solução. Apesar de a divulgação estar de acordo com as datas anunciadas pela Google para a revelação de detalhes, a decisão parece menos de princípios e mais de “apanhei-te”, com os consumidores a serem quem pode vir a sofrer. O que está certo para a Google nem sempre está certo para os consumidores. Apelamos à Google que faça da proteção dos consumidores o nosso objetivo primário”.



É assim, de forma aberta e claramente sentida, que o responsável de segurança da Microsoft, Chris Betz, se dirige à Google, empresa que no final da semana passada revelou uma falha de segurança que existe no Windows.



A Google já tinha alertado a Microsoft do problema e terá dado um prazo de 90 dias para que o problema fosse sanado antes de vir a público. A Microsoft terá pedido para a empresa não o fazer e a Google decidiu cumprir o seu próprio calendário.



Mas na visão de Chris Betz essa foi uma má jogada pois está a colocar em causa a segurança dos utilizadores que só amanhã, 13 de janeiro, vão receber a correção. Até lá alguns computadores podem já ter sido ou podem ainda vir a ser atacados por piratas informáticos que já têm todos os detalhes da vulnerabilidade.



Resumindo as palavras acima transcritas, o executivo da Microsoft considera que a Google foi pouco ética e não quis saber dos utilizadores, apenas quis deixar mal vista a empresa responsável pelo Windows.



O responsável de segurança da Microsoft reflete depois um pouco sobre a teoria de que ao tornar os bugs públicos as empresas estão mais pressionadas a resolver os problemas – algo que para Chris Betz não faz sentido pois as correções levam tempo a serem construídas e também precisam de tempo para que haja estabilidade de sistema e seja assegurada a devida compatibilidade.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico