A CrowdStrike ainda está a recuperar os sensores Falcon que foram afetados pelo apagão registado há uma semana, tendo cerca de 97% do trabalho concluído. O incidente informático, que se deveu a uma anomalia do Falcon que causou um conflito no Windows, dando origem ao famoso ecrã azul (Blue Screen of Death) afetou 8,5 milhões de sistemas e equipamentos com Windows.
Apesar da correção ter sido disponibilizada rapidamente, previa-se uma recuperação lenta dos sistemas afetados. A Microsoft, que foi apanhada no meio do incidente, parece não ter gostado muito do feedback negativo global em torno do assunto e numa nota publicada no seu blog, aponta as ilações a tomar sobre o que aconteceu. “Este incidente mostra claramente que o Windows deve dar prioridade à mudança e inovação na área da resiliência End-to-End”.
John Cable, vice-presidente de Servicing and Delivery do Windows, disse no blog da empresa que a natureza aberta e a escala do ecossistema de computação do Windows torna-o poderoso e uma escolha sem paralelo no mundo. Mas que o incidente com a CrowdStrike sublinha a necessidade de uma resiliência de missão-crítica em qualquer organização, além da sua habilidade de suporte necessário.
A gigante tecnológica aproveitou o incidente para colocar à prova a sua capacidade de reação, salientando que desde o início colocou 5.000 engenheiros de suporte a trabalhar 24/7 para ajudar a trazer online todos os serviços críticos, além de ter disponibilizado uma ferramenta de recuperação.
Nesse sentido, a Microsoft pretende ser um parceiro de confiança, disponibilizando soluções end-to-end para as organizações e parceiros terem a capacidade de responder imediatamente a problemas como o da CrowdStrike. As melhorias da resiliência necessitam de dar a mão com os melhoramentos de segurança que estão a ser introduzidos e a cooperação dos parceiros que também se preocupam com a segurança do ecossistema Windows, refere John Cable.
Boas práticas para garantir a continuidade do negócio em caso de um “apagão”
A Microsoft diz que os últimos dias ficam marcados pelas milhares de chamadas recebidas das organizações impactadas com o incidente. E descobriu um padrão seguido pelas empresas que conseguiram remediar e recuperar mais rapidamente. Essas boas práticas de conduta são partilhadas pela empresa.
Para a continuidade do negócio, a Microsoft diz que deve haver um plano de recuperação rápido que inclui quem deve telefonar de imediato e receber suporte. Em segundo, as empresas devem fazer backups dos seus dados de forma segura e com mais consistência, sobretudo soluções em cloud que são mais rápidas de repor.
As organizações devem garantir que conseguem restaurar os equipamentos com o Windows rapidamente, para isso devem criar pontos de restauro com regularidade e usar as opções dadas pelo sistema operativo. Dá o exemplo que muitas das empresas que recuperaram rapidamente do apagão tinham ambientes virtualizados na cloud.
As empresas devem utilizar ferramentas de gestão automática de equipamentos, mantendo-os atualizados e a receber novas funcionalidades. No caso de utilizadores do Windows, deve utilizar as predefinições de segurança recomendadas pela Microsoft, incluindo firewalls, encriptação e sistemas biométricos de autenticação.
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