A Microsoft apresentou hoje a versão 3.0 (disponível em português) da sua plataforma de gestão de aprendizagem. A ser já utilizado num conjunto de experiências piloto em escolas públicas e privadas, o Class Server está especialmente vocacionado para o ensino básico, primeiro e segundo ciclo e pretende disponibilizar a professores, pais e alunos informação online, através de um acesso rápido e facilitado.
O Class Server é constituído por um portal onde podem existir páginas personalizadas de estudantes e professores, informação diversa, comunicações e trabalhos a realizar. Permite por outro lado, facilitar as tarefas administrativas dos professores como a elaboração e correcção de testes. Em suma, "o portal pretende garantir a gestão administrativa, gestão de actividades pedagógicas, colaboração e comunicação e convergência de aplicações internas", explicou em conferência de imprensa Hugo Cartaxeiro, Business Development Manager da Microsoft.
A um nível central, e caso seja estendida a todas as instituições de ensino, a solução permitirá à tutela ou direcções regionais fazer uma gestão de dados das escolas por zonas, anos, ou outros critérios.
Para já, o Class Server está a ser utilizado por um conjunto de 24 escolas geridas pela Malha Atlântica. Esta é uma entidade directamente dependente do Ministério da Educação e que reúne nove dos 16 Centros de Competências criados no âmbito do programa Nónio Século XXI. Até ao final do ano o piloto, que conta com a colaboração de outras entidades privadas - tais como a Portugal Telecom que fornece as infra-estruturas de banda larga às escolas que não disponham - vai alargar-se a 40 ou 50 escolas, abrangendo um total de 5 mil alunos e envolvendo 400 professores.
Este piloto arrancou no mês de Maio com 16 escolas, mas o interesse dos parceiros privados tornaram possível o seu alargamento a um número maior de instituições que deverão experimentar a ferramenta até ao final deste ano lectivo.
Joice Fernandes gestor da Microsoft para o mercado da Administração Pública disse aos jornalistas que a empresa está a falar com o Ministério da Educação sobre a extensão desta experiência, adiantando, no entanto, que não há para já qualquer compromisso da tutela em avançar com a proposta de valor da empresa norte-americana para a totalidade do universo escolar português.
A Microsoft está simultaneamente a trabalhar com um conjunto de escolas privadas, todas elas também a realizar experiências-piloto que poderão a prazo transformar-se em projectos definitivos, disse o mesmo responsável ao TeK.
A ferramenta de produtividade apresentada pela Microsoft inclui-se no programa lançado em Setembro, a nível mundial Partners in Learning. Este é um programa a cinco anos através do qual a Microsoft assegura querer contribuir para aumentar a "literacia digital dos alunos, professores e quadros da escola", explicou aos jornalistas Hugo Cartaxeira.
Uma das componentes do projecto passa pela doação de software às escolas, como complemento às ofertas de empresas que ao renovarem os seus parques informáticos decidam ceder os computadores mais antigos às escolas. Um segundo pilar do programa passa pela disponibilização de software a preços mais reduzidas em escolas carenciadas -um levantamento que ficará a cargo das entidades tutelares - e um terceiro que visa introduzir o Class Server no sistema escolar dos diversos países.
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