A Microsoft divulgou hoje os resultados de um estudo interno realizado para testar a eficácia do seu sistema de autenticação de email, Sender ID, que pretende introduzir um conjunto de mecanismos de verificação de emails e bloqueio de origens pouco seguras. A tecnologia tem sido muito criticada por parte das organizações de defesa da privacidade mas também por entidades que alegam que o Sender ID é usado pelos spammers para ultrapassar as defesas dos ISPs.



Os números apurados pela Microsoft resultam de dois meses de testes em grupos de utilizadores do Hotmail e do MSN e mostram que um quinto de todos os emails enviados para estes utilizadores têm origem em domínios que publicaram a especificação Sender Policy Framework (SPF), uma das componentes do Sender ID, essencial para verificar se um email é proveniente do domínio que utiliza.



Os mesmos números concluem que 750 mil domínios publicaram já o SPF. A empresa acrescenta que a combinação da tecnologia de filtragem de emails - SmartScreen - com outras disponíveis no mercado permitiu no período da experiência detectar e parar diariamente 3,2 milhões de mensagens no Hotmail e MSN.




Recorde-se que depois de um trabalho conjunto, muitos dos grandes parceiros da Microsoft desistiram no ano passado do projecto de identificação dos emails. Mas outros problemas se levantaram para a tecnologia, nomeadamente a nível da sua eficácia.




Ainda em meados do mês de Fevereiro a MX Logic, uma empresa norte-americana que publica informação mensal sobre spam em redes empresariais, alertou para o facto de 13 por cento de todas as mensagens de spam utilizarem o Sender ID ou o Sender Policy Framework (SPF) para enganarem os filtros de correio electrónico.



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