A Microsoft e os seus parceiros de hardware decidiram deixar de investir na tecnologia Smart Display, ficando para já adiada uma segunda versão dos equipamentos lançados em Janeiro do ano passado e que permitiam ao utilizador aceder ao seu computador através de ecrãs tácteis, a partir de qualquer lugar.
A decisão de adiar um novo investimento nesta área foi tomada no passado mês de Dezembro de acordo com informações fornecidas à PC World pela gestora de produto da Microsoft, Megan Kidd, e depois de analisadas as correntes tendências do mercado e a evolução de preços dos ecrãs LCD.
Os primeiros Smart Displays entraram no mercado há precisamente um ano, já com algum atraso face à data prevista. Equipados com tecnologia wi-fi para o standard 802.11b, o equipamento tem a particularidade de estar garantir a acessibilidade ao computador a partir de várias localizações, assegurando a mobilidade do utilizador.
O produto está disponível no mercado através da ViewSonic, com o Airpanel V110p, e da Philips Consumer Electronics com o DesXscape 150DM, vendidos por 799 e 1185 dólares, respectivamente.
Na origem da decisão da Microsoft poderão estar algumas das questões que foram sendo apontadas para o fraco sucesso comercial do produto, entre os quais o facto do Windows CE nunca ter sido adaptado ao Smart Display ou a impossibilidade do equipamento suportar dois utilizadores em simultâneo por forma a que uma pessoa use determinado PC com um monitor fixo e um outro em simultâneo use o PC através do Smart Display.
O conceito de Smart Display foi introduzido por Bill Gates no Consumer Electronics Show em Las Vegas no ano 2002. Depois disso, a estratégia comercial da empresa para o mercado de consumo baseou-se em ideais como a mobilidade dentro de casa para aceder a previsões meteorológicas, ver as notícias, etc. Chegou mesmo a ser sugerido que as televisões de plasma passassem a incluir a tecnologia para servirem de monitor quando fosse necessário.
A responsável da Microsoft garante agora que a empresa continua atenta às tendências dos consumidores e tem noção que estes procuram formas de acesso mais fáceis e menos convencionais à informação dos seus PCs, pelo que a Microsoft e seus parceiros estão atentas ao mercado e decidirão o melhor e mais eficiente em termos de custos.
A decisão de descontinuar a produção do monitor é bem vista pelo mercado que considera existirem cada vez mais equipamentos concorrentes a preços mais reduzidos. No entanto, um responsável da ViewSonic garantiu à PC World que a empresa continua a acreditar no conceito e que manterá a aposta nesta área.
Fonte oficial da Microsoft afirmou que os clientes deste equipamento continuarão a dispor de suporte telefónico, tal como até aqui.
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