Hoje é dia de um novo Windows. A Microsoft começa a disponibilizar para utilizadores de todo o mundo a nova versão do sistema operativo e aquela que será a última tal como os utilizadores a conhecem: daqui para a frente o Windows passa a ser um serviço e as modificações vão sendo feitas aos poucos, de forma gradual.

“Já não estamos na era de lançar um sistema operativo de três em três anos”, declarou o diretor executivo do segmento de consumo da Microsoft Portugal, André Cardoso, no evento de apresentação do Windows 10.

Apesar de a estreia mundial estar marcada para 29 de julho, a verdade é que nem todos vão receber o software hoje. No topo da lista, garante a Microsoft, estão os membros do programa de testes Windows Insider. E de acordo André Cardoso, em Portugal existem 16 mil pessoas inscritas no programa.

Os valores ajudam a empresa a ter uma perspetiva ambiciosa sobre o que aí vem. A responsável pela divisão Windows na subsidiária portuguesa, Rita Santos, adiantou ao TeK que o objetivo em Portugal é ter um milhão de dispositivos com o Windows 10 até ao final do ano. E isto só no segmento de consumo.

A meta portuguesa faz parte de um objetivo global e muito mais ambicioso: ter mil milhões de dispositivos, entre computadores, tablets, smartphones e consolas, com a nova versão do sistema operativo nos próximos três anos.

Sobre as expectativas de lançamento em comparação direta com o Windows 7, por exemplo, Rita Santos responde dizendo este “é um mercado novo” e que é tudo “muito diferente”. “É novo o facto de ser gratuito”, exemplificou a responsável portuguesa.

A Microsoft Portugal está a preparar sobretudo uma comunicação nos meios digitais para promover o novo Windows 10 juntos dos portugueses, mas terá também ações mais localizadas. Rita Santos adiantou que a tecnológica terá, por exemplo, campanhas nas praias portuguesas, por o lançamento coincidir com a época de férias de muitas pessoas.

Resolver os problemas do passado

O Windows 10 acaba por ter uma dupla responsabilidade para a tecnológica: além de ter que corresponder às exigências de consumo atuais, tem de dar resposta a muitos dos erros que foram cometidos na versão anterior, no Windows 8.

“Há uma diferença entre ter um interface comum e ter o mesmo sistema operativo para todos os dispositivos”, salientou o responsável pela experiência de utilizador, Miguel Vicente, a propósito da grande mudança que representa o Windows.

É que agora não é só o aspecto que é transversal a smartphones, tablets e computadores. As aplicações também o vão ser, e esta acaba por ser uma das grandes novidades - se não a maior -, ainda que não esteja totalmente visível para os utilizadores, como está por exemplo o regresso do Menu Iniciar.

“Queremos desenvolver e afirmarmo-nos como a plataforma líder, é aqui que o Windows 10 se enquadra”, salientou o diretor executivo da Microsoft Portugal, João Couto, durante o evento de apresentação.

Rui da Rocha Ferreira