
O resultado da investigação foi publicado na revista Science com o título The helion charge radius from laser spectroscopy of muonic helium-3 ions e a compreensão completa do resultado não está ao alcance de todos, mas este é apontado como teste rigoroso às teorias da física atómica.
A experiência que deu origem ao artigo decorreu na Suíça, no Paul Scherrer Institut (PSI), e foi utilizado o feixe de muões mais intenso do mundo. De acordo com a informação partilhada, os investigadores conseguiram substituir os eletrões do átomo de hélio-3 por muões — partículas subatómicas cerca de 200 vezes mais pesadas que os eletrões — formando assim o chamado hélio-3 muónico.
"Esta configuração permitiu obter um valor extremamente preciso do raio de carga nuclear, cujo valor é 1,97007 fentómetros (sendo que um metro contém mil biliões de fentómetros)", indica o comunicado.
A mesma fonte confirma que os dados agora obtidos contribuem significativamente para a modelação teórica da estrutura nuclear e são fundamentais para testar a eletrodinâmica quântica em sistemas ligados, como os átomos. Fornecem ainda "valores de referência críticos para modelos nucleares baseados em princípios fundamentais da física".

A equipa do consórcio CREMA (Charge Radius Experiment with Muonic Atoms) contou com 10 investigadores portugueses, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa (NOVA FCT), Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), e Universidade de Aveiro. Os investigadores envolvidos são Luís Fernandes, Fernando Amaro, Cristina Monteiro, Andrêa Gouvêa e Joaquim Santos, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra; Jorge Machado, Pedro Amaro e José Paulo Santos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa; e Daniel Covita e João Veloso da Universidade de Aveiro.
>A equipa portuguesa esteve envolvida em várias áreas da experiência, nomeadamente no desenvolvimento dos sistemas de deteção dos raios X, controlo experimental e cálculos teóricos.
O Paul Scherrer Institut (PSI) é apontado como a única instalação no mundo capaz de gerar muões negativos lentos em quantidade suficiente para este tipo de investigação.
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